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Versão chinesa do Google pode ligar buscas a números de telefone

Por| 17 de Setembro de 2018 às 18h38

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Versão chinesa do Google pode ligar buscas a números de telefone
Versão chinesa do Google pode ligar buscas a números de telefone
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O projeto informalmente batizado de “Dragonfly” se torna cada dia mais um pesadelo para as relações públicas da Google. O “Google da China” já provocou demissões e protestos mesmo dentro da própria companhia – que é acusada de colaborar para a restrição das liberdades individuais que constituem sua própria missão corporativa. Bem, isso pode piorar ainda mais, caso uma nova característica do buscador realmente se verifique.

Segundo o site Intercept, o Dragonfly não deve apenas limitar os resultados exibidos aos termos considerados apropriados pelo governo chinês – mas deve também ligar o número do telefone utilizado em cada busca. Como resultado, a censura governamental pode ganhar uma nova – e disruptiva – ferramenta para aumentar ainda mais o monitoramento da população.

Trata-se de um golpe a mais em um cenário de privacidade individual praticamente nulo. “Isso é muito problemático do ponto de vida da privacidade, já que permitiria um rastreamento e um perfilamento muito mais detalhados do comportamento de cada indivíduo”, disse a pesquisadora sênior de internet do Human Rights Watch, Cynthia Wong, em entrevista ao referido site. “Ligar pesquisas a números de telefone tornaria ainda mais difícil evitar o tipo de vigilância governamental intrusiva que é praticada na China.”

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Vigilância terceirizada

Embora a tecnologia do Dragonfly seja provida pela Google, a verdade é que o serviço não deve ser diretamente administrado por Mountain View. Como é de praxe em projetos colaborativos focados no mercado chinês, uma companhia local deve ser incumbida de adequar o buscador às diretivas estatais, incluindo atualizações na lista de termos considerados danosos ao establishment governamental.

De fato, até mesmo as buscas relacionadas às previsões do tempo e condições atmosféricas devem ser terceirizadas – no caso, por “uma fonte não mencionada” atuante em Pequim.

Fonte: The Intercept