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Motel filmava hóspedes escondido e fazia transmissão ao vivo para 4 mil pessoas

Por| 21 de Março de 2019 às 10h27

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Polícia de Seul
Polícia de Seul

A polícia da Coreia do Sul prendeu quatro pessoas envolvidas em um esquema ilegal que expunha hóspedes de 42 quartos de um motel na capital do país. Elas usaram câmeras para fazer transmissão ao vivo de 1.600 visitantes para um grupo de mais de 4 mil pessoas que assinavam a plataforma ilegal.

Para isso, os criminosos esconderam câmeras de 1 milímetro em vários objetos de cada quarto. A polícia de Seul ainda disse que este não é bem um caso isolado e já encontrou o mesmo esquema em cerca de 30 motéis em 10 cidades pelo país.

Os vídeos disponíveis no site sobre os hóspedes datam de 24 de novembro a 2 de março, sendo que a polícia não divulgou o nome da página para não expor as vítimas, até que o site seja retirado do ar.

A polícia também descobriu que 97 pessoas compraram um total de 800 vídeos dentro da plataforma, somando um total de US$ 6.200 para os criminosos.

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Contudo, esta não é uma exclusividade sul-coreana. Desde 2017, hóspedes do Airbnb, sobretudo dos Estados Unidos, têm descoberto invasões de privacidade do tipo. Um caso famoso é de um casal que descobriu uma câmera escondidas em detectores de fumaça em seu quarto em Miami. Na mesma região, um outro usuaŕio descobriu que estava sendo filmado após checar sensores de movimento que deveriam ser usados apenas para alarme.

Em contato com a redação do Canaltech, o Airbnb reforçou que suas políticas proíbem a instalação de câmeras em quartos e banheiros dos imóveis listados na plataforma:

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"O Airbnb leva a muito a sério a privacidade, e não há espaço em nossa comunidade para esse tipo de comportamento. As regras de uso da plataforma são claras ao proibir câmeras em quartos ou banheiros. Caso estejam em outros locais da casa, essa informação deve ser divulgada no anúncio. Nos casos citados, a plataforma baniu permanentemente os anfitriões e prestou assistência aos hóspedes".

As quatro pessoas em Seul podem pegar até cinco anos de prisão por conta do site com vídeos de hóspedes do motel.

Fonte: Korean Herald