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EUA registram pedido formal para extradição de Julian Assange

Por| 12 de Junho de 2019 às 11h29

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Henry Nicholls/Reuters
Henry Nicholls/Reuters
Julian Assange

O governo dos Estados Unidos entrou com um pedido formal para a extradição de Julian Assange. O fundador do WikiLeaks é acusado pelos americanos de espionagem e conspiração devido à publicação de uma série de documentos secretos do governo, com o pedido relacionado à custódia do delator tendo sido registrado na última semana.

A acusação vem ao final de um prazo legal de dois meses desde a prisão de Assange, em abril. Após esse prazo, os EUA não mais poderiam solicitar a extradição, o que levou o governo americano a acelerar a montagem de uma acusação e a confecção do pedido, que está em andamento em um tribunal do estado da Virgínia.

No indiciamento, Assange é acusado de tentar ajudar Chelsea Manning, responsável pela entrega dos documentos secretos do governo, a criar contas falsas nos sistemas das Forças Armadas para evitar detecção. Além disso, ele teria quebrado a Lei de Espionagem dos Estados Unidos ao publicar os papéis no WikiLeaks, dando origem a um dos maiores escândalos de espionagem da história americana.

Assange está preso desde abril, quando foi encerrado seu asilo político iniciado em 2012. Ele foi carregado por policiais para fora da embaixada do Equador em Londres e agora cumpre uma pena de um ano de prisão relacionada a outro caso, na Suécia, onde era acusado de abuso sexual. Devido ao seu estado de refugiado, ele deixou de comparecer a audiências, o que levou à detenção por violação dos termos de sua liberdade condicional.

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O ativista sempre negou as acusações e apontou o temor de ser extraditado, o que levou a seu asilo político na embaixada equatoriana. Mesmo a acusação de assédio sexual foi apontada por ele como uma forma de retirá-lo do refúgio para que ele pudesse ser preso e enviado aos Estados Unidos para responder aos crimes, uma alegação que ganhou força depois que o indiciamento, anteriormente arquivado, voltou a ser aberto com o fim de seu isolamento.

Citando problemas de saúde, o delator não compareceu a uma audiência sobre esse segundo caso, que seria realizada no dia 30 de maio. Ele diz estar isolado em uma cela na prisão de Belmarsh, em Londres, permanecendo fragilizado e sem meios de trabalhar em sua própria defesa nem acessar informações sobre o caso, uma vez que até mesmo as visitas e ligações são monitoradas e autorizadas somente após um longo processo de liberação de segurança.

Um segundo encontro entre Assange e a Justiça, com relação à possível extradição para a Suécia, deveria acontecer nesta quarta-feira (12), mas um tribunal do país europeu interviu e rejeitou o pedido de prisão do delator. Os crimes prescrevem em agosto do ano que vem e as autoridades ainda podem recorrer da decisão.

Fonte: Deutsche Welle Brasil