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Petrobras vai investir R$ 21,2 bilhões para proteger suas informações

Por| 20 de Setembro de 2013 às 13h29

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Petrobras vai investir R$ 21,2 bilhões para proteger suas informações
Petrobras vai investir R$ 21,2 bilhões para proteger suas informações

Os documentos vazados por Edward Snowden que indicaram a Petrobras como um dos alvos da espionagem do governo norte-americano fizeram com que a estatal brasileira tomasse providências para tentar se blindar ainda mais contra esse tipo de ação.

Durante uma audiência pública no Senado Federal, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, anunciou que a empresa vai investir R$ 21,2 bilhões em segurança da informação entre 2013 e 2017. Apenas este ano, serão investidos R$ 3,9 bilhões em tecnologias para aumentar e proteger mais as informações estratégicas da companhia, que é a maior do país.

A maior parte do montante será destinada ao data center da empresa, que funciona no Rio de Janeiro. Nele estão guardados os principais dados e aplicações da companhia, "o conhecimento explícito da empresa", de acordo com a presidente da estatal. As informações críticas são armazenadas com criptografia.

Graça responde a questionamentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem e das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Assuntos Econômicos (CAE) sobre o caso de espionagem. Durante a audiência, que aconteceu na última quarta-feira (18), ela enfatizou que não há indícios de violação dos sistemas da Petrobras pela NSA. "Os sistemas utilizados pela Petrobras estão entre os mais avançados do mercado", disse Graça.

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"A questão de a Petrobras aparecer [nos documentos] cria um embaraço muito grande. O eventual acesso a dados, apesar de indesejável, não implica a detenção da tecnologia. São necessários muitos e muitos acessos permanentes e sistemáticos para ter todo o conhecimento das atividades off-shore", concluiu a presidente da empresa.

Há poucas semanas, o jornalista Glenn Greenwald disse que a NSA estava focada em redes de computadores da gigante do petróleo, mas não revelou por qual razão a Petrobras e outras empresas se tornaram alvo da espionagem norte-americana. James R. Clapper Jr., diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, disse em um comunicado divulgado pelo jornal The Washington Post que "não é segredo" que a comunidade de inteligência coleta informações "sobre assuntos econômicos e financeiros, e financiamento do terrorismo".

Fonte: Reuters / CRN&a