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Nem iPhone, nem Android: Alemanha usará BlackBerry contra espionagem da NSA

Por| 30 de Julho de 2014 às 16h30

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Em tempos de espionagem, o jeito é tentar encontrar soluções que protejam ainda mais nossas informações no universo online. E na Alemanha a coisa é levada ao pé da letra, pois o governo local adotou uma nova estratégia na tentativa de evitar possíveis casos de monitoramento não-autorizado. Como informa o jornal Financial Times, autoridades do país pretendem aumentar o número de smartphones da BlackBerry, justamente para elevar os níveis de segurança dos dados compartilhados entre políticos alemães.

Não é nenhuma surpresa que países como a Alemanha têm procurado alternativas contra a ciberespionagem, especialmente depois das revelações do ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), Edward Snowden, no ano passado. O ex-agente divulgou vários documentos apontando que a chanceler Angela Merkel teve seu telefone espionado pela agência. Na mesma época, outros arquivos mostravam que a presidente Dilma Rousseff também teve seus e-mails e ligações vigiados.

Desde 2013, o governo da Alemanha utiliza o BlackBerry 10 equipado com a solução SecuSuite, para comunicações confidenciais entre autoridades de alto nível. Smartphones com o sistema operacional e a plataforma de segurança foram distribuídos para vários órgãos alemães, incluindo políticos, ministros e a própria chanceler. Até o presidente dos EUA, Barack Obama, é dono de um celular da BB para se proteger de ataques virtuais e monitoramento virtual.

A questão é que autoridades alemãs estão ainda mais interessadas nos telefones da BlackBerry depois que a empresa anunciou nesta terça-feira (29) a compra da SecuSmart, uma companhia anti-espionagem alemã responsável pelo SecuSuite. Atualmente, o Ministério do Interior da Alemanha - uma espécie de departamento de segurança pública - utiliza 3.000 aparelhos da BlackBerry com tecnologia da SecuSmart, mas o órgão deve adquirir 20 mil novos smartphones da BB com a ferramenta de segurança.

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"Temos uma divisão federal que trata de assuntos ligados à segurança da informação. E foi constatado que, dentre as várias fabricantes de smartphones, a única marca aprovada para segurança dos dispositivos é a BlackBerry", disse Tobias Placa, porta-voz do ministério.

A chanceler alemã Angela Merkel com um BlackBerry Z10 usado pelo governo. (Foto: Deutsche Messe)

Com sede na cidade de Düsseldorf, a SecuSmart desenvolve tecnologias de criptografia usadas com frequência para proteger equipamentos de autoridades governamentais. Entre seus clientes estão os governos alemão e canadense, além de ministérios do bloco G7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo), 16 governos do bloco G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), empresas globais nos setores farmacêuticos, jurídico e automotivo, e companhias de petróleo e gás.

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Para smartphones, a SecuSmart possui um cartão microSD especial de 4 GB com um cripto-controlador dedicado e autenticidade PKI. Uma vez instalado no telefone, o acessório criptografa todas as mensagens e ligações feitas pelo usuário, impedindo que terceiros interceptem essas informações.