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NSA também espionava uso de aplicativos móveis

Por| 28 de Janeiro de 2014 às 10h05

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NSA também espionava uso de aplicativos móveis
NSA também espionava uso de aplicativos móveis

Novos documentos revelados pelos jornais The Guardian e The New York Times expuseram mais um braço da espionagem praticada pela NSA: o uso de aplicativos móveis. De acordo com as informações obtidas nesta segunda-feira (27), a agência de segurança do governo dos Estados Unidos utilizava apps como Google Maps ou até mesmo jogos como Angry Birds para obter informações dos celulares dos cidadãos.

Aqui, são dois os métodos usados. No caso do Google Maps, a NSA era capaz de interceptar solicitações feitas pelos smartphones dos espionados, conhecendo assim onde o usuário está e para onde ele deseja ir. Além disso, reforçando informações que já haviam sido reveladas em 2010, certos aparelhos poderiam também enviar informações de GPS para os servidores da agência sempre que o software de localização fosse ativado.

O segundo método envolve uma obtenção de dados parecida com a usada pelas agências de publicidade para direcionar anúncios. A partir de jogos ou utilitários com suporte a propagandas, a NSA poderia ter acesso às informações completas de um determinado perfil de usuário, escolhido por idade, gastos ou interesses.

Assim, a agência tinha acesso a uma grande quantidade de informações que poderia ser cruzada. O programa de metadados telefônicos é capaz de armazenar até um ano de informações sobre investigados ou não, com o objetivo de obter positivos sobre possíveis comportamentos suspeitos.

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Os documentos revelados pelos jornais também trouxeram novidades sobre o programa de malwares da NSA, voltado para a infecção de smartphones com softwares capazes de habilitar funções sem o conhecimento do usuário. Entre os fins possíveis para espionagem estão a ativação do microfone para gravações, o envio de dados de geolocalização para servidores da NSA e a obtenção de acesso total aos arquivos armazenados.

Esse último aspecto, em particular, se refere ao que está guardado não apenas em cartões de memória, mas também na memória física dos aparelhos. Sob a afirmação de que “se está no celular, nós conseguimos baixar”, a NSA afirma ter acesso a mensagens de texto, e-mails e entradas no calendário, tendo uma visão completa sobre as relações pessoais dos espionados e também seu cotidiano.

Trata-se de mais uma leva de documentos liberados por Edward Snowden, o ex-analista da NSA que, desde 2012, vem sendo o principal delator das atividades ilegais da NSA, incluindo a espionagem a governantes aliados como Angela Merkel e Dilma Rousseff. As denúncias levaram o presidente americano Barack Obama a anunciar, no início do ano, uma série de mudanças no modo de atuação da agência de segurança. As alterações, porém, ainda estão longe do que é considerado ideal para proteger a privacidade e os direitos civis dos cidadãos.