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NSA pode acessar 75% de todo o tráfego de internet dos EUA

Por| 21 de Agosto de 2013 às 12h30

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NSA pode acessar 75% de todo o tráfego de internet dos EUA
NSA pode acessar 75% de todo o tráfego de internet dos EUA

Novos detalhes mostram que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) pode acessar muito mais dados do que havia admitido anteriormente. Recentemente, a NSA divulgou um documento de sete páginas no qual afirma ter acesso a apenas 1,6% de todo o tráfego de internet, mas na verdade ela tem acesso a 75% de todo o tráfego nos EUA.

Os dados provêm das principais redes de Internet do país, e a maioria das principais empresas de telecomunicações ajuda a recolher informações. A afirmação foi feita pelo The Wall Street Journal, que alega ter baseado a informação em entrevistas com funcionários atuais da Agência e também ex-funcionários do programa de vigilância da NSA.

O relatório divulgado pelo jornal na última terça-feira (20) disse ainda que os vários programas em vigor com cada uma das companhias de telecom têm os seus próprios nomes que servem como códigos – incluindo Blarney, Fairview, Oakstar, Lithium and Stormbrew. Apesar de alguns desses programas terem sido mencionados nos documentos vazados inicialmente por Edward Snowden ao The Guardian, o WSJ disse que seu relatório descobriu mais detalhes sobre a extensão de cada um deles.

A vigilância realizada pela NSA e outras agências já é um fato, mas até então a suposição era de que a maior parte dessa espionagem de dados acontecia por meio de cabos submarinos e outros importantes pontos de entrada da rede nos Estados Unidos. Mas, o WSJ diz que, de acordo com os funcionários anônimos da Agência, a operação contava com a ajuda dos responsáveis pelas principais redes do país.

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A NSA pede às empresas de telecomunicações para enviar os fluxos de tráfego de internet que acredita que seja mais provável encontrar informações sobre ameaças estrangeiras ou terroristas. Em seguida, a Agência copia e filtra os dados com base em alguns itens seletores – como endereços de e-mails ou blocos de endereços de computadores.

Esquema de espionagem da NSA de acordo com o WSJ (Imagem: The Wall Street Journal)

Alguns desses programas relacionados as empresas de telecom já foram revelados em outros momentos ao longo dos últimos anos, incluindo um sistema criado com a ajuda da AT&T em São Francisco e denunciado por Mark Klein em 2006. O Wired relembra que o programa atuou entre 2001 e 2011 e reencaminhava o tráfego global de Internet da operadora para salas secretas do governo norte-americano. Na época, os dados enviados incluíam metadados, endereços de IP e sites visitados.

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Um ex-executivo da operadora de telecomunicações Global Crossing também falou com o The Wall Street Journal e disse que o controle dos programas de vigilância da NSA depende de empresas de telecomunicações para policiar seus sistemas. "Não há nada que impeça tecnicamente e fisicamente um sistema de vigilância muito mais amplo", disse ao jornal.