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NSA afirma que tem acesso a apenas 1,6% de todo o tráfego na internet

Por| 12 de Agosto de 2013 às 11h38

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CNET
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A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos divulgou um documento de sete páginas na última sexta-feira (9) no qual afirma ter acesso a apenas uma pequena parcela de todo o tráfego de internet, como informa o site CNET.

"De acordo com dados de um grande provedor de internet, a web traz 1.826 Petabytes de informação por dia. Em sua missão de inteligência estrangeira, a NSA tem acesso a 1,6% desse total. No entanto, dos 1,6%, apenas 0,025% são, na verdade, selecionados para a análise. O efeito líquido é que os analistas da NSA olham para 0,00004% do tráfego mundial na realização de sua missão, que é menos de uma parte em um milhão. Dito de outra forma, se uma quadra de basquete padrão representar o ambiente de comunicações globais, a coleta total de dados da NSA pode ser representada por uma área menor do que a de uma moeda de dez centavos de dólar em uma quadra de basquete", afirma o documento.

No documento, a NSA nega usar parceiros estrangeiros na área de inteligência para burlar algumas leis federais norte-americanas, que impedem determinadas atividades. "Essas parcerias são importantes para os Estados Unidos e seus aliados na defesa contra terroristas, ameaças cibernéticas, e outros que ameaçam nossa segurança individual e coletiva. Ambas partes desse relacionamento são beneficiárias", escreve a agência.

A NSA explica no documento que apesar de desconstruir a vigilância daqueles por trás dos ataques de 11 de setembro de 2001, conclui também que "não tem as ferramentas ou o banco de dados para pesquisar para identificar essas conexões [terroristas] e compartilhá-las com o FBI". Ao dar uma ideia geral de como a agência coleta e analisa os dados de comunicações, o prólogo do documento afirma que o órgão realiza suas atividades "respeitando a privacidade e as liberdades civis".

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"Nós não precisamos sacrificar as liberdades civis em nome da segurança nacional, ambos são partes integrantes de quem somos como americanos", afirma o documento. "A NSA pode e continuará a conduzir as suas operações de forma que respeite os dois".

O artigo é concluído dizendo que, além do seu compromisso com as garantias de conformidade, o pessoal da NSA é obrigado a informar quando eles suspeitam que a agência não está agindo dentro da lei ou da política, algo que eles chamam de "a cultura e a estrutura da NSA".

O documento foi lançado poucas horas depois que o presidente Barack Obama defendeu as políticas de coletas de dados do governo norte-americano e esboçou iniciativas para atenuar as preocupações entre os cidadãos norte-americanos e estrangeiros sobre a legalidade das atividades de vigilância dos Estados Unidos. As observações do presidente foram feitas no mesmo dia em que o jornal The Guardian, através dos arquivos vazados por Edward Snowden, confirmou relatos anteriores de que o governo do país havia criado uma porta secreta, sob autoridade legal, que lhe permite buscar por e-mails e chamadas telefônicas de norte-americanos sem mandado judicial.