Gemalto afirma que roubo de dados pela NSA pode não ser tão grave
Por Douglas Ciriaco | 23 de Fevereiro de 2015 às 17h35
Depois de mais um caso de espionagem e roubo de dados envolvendo a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) e a Sede Governamental de Comunicações do Reino Unido (GCHQ), a empresa-alvo da ação veio a público novamente. A Gemalto, maior fabricante de SIM cards do mundo e que teve códigos de acesso hackeados pela NSA e pela sua congênere britânica, afirmou que o problema pode não ser tão grave.
A posição da Gemalto foi afirmada em uma postagem feita no blog da companhia nesta segunda-feira (23). No texto, a fabricante reforça sua posição de investigar as denúncias feitas por Edward Snowden e avisa que um relatório com os resultados de tal investigação será divulgado na próxima quarta-feira (25).
Contudo, conclusões iniciais parecem desenhar um quadro menos preocupante do que se imaginava.
“Conclusões iniciais já indicam que os SIM da Gemalto (bem como cartões de banco, passaportes e todos os demais produtos e plataformas) estão seguros e a companhia espera ter um prejuízo financeiro significativo”, informa a postagem.
As invasões aos sistemas da Gemalto teriam ocorrido em 2010 e 2011, empregadas por uma força conjunta entre as agências de segurança dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Com os dados roubados, os governos de ambos os países teriam acesso a conversas e dados transmitidos entre aparelhos celulares sem precisar de mandado judicial ou autorização das operadoras.
A Gemalto informa que o relatóro a ser divulgado nesta semana estará disponível no site oficial da companhia.