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Edward Snowden persuadiu funcionários da NSA para conseguir senhas

Por| 08 de Novembro de 2013 às 13h04

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Edward Snowden persuadiu funcionários da NSA para conseguir senhas
Edward Snowden persuadiu funcionários da NSA para conseguir senhas

Edward Snowden, o ex-analista da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) que divulgou o esquema americano de monitoramento global, teria usado credenciais de outros funcionários da empresa para acessar arquivos secretos em uma base de espionagem no Havaí.

Fontes disseram à agência de notícias Reuters que cerca de 20 a 25 empregados não-identificados da NSA forneceram seus dados de login e senha a Snowden. Ele teria persuadido seus colegas dizendo que "precisava das informações para fazer seu trabalho como administrador de sistemas de computador". Os funcionários que ajudaram Snowden foram interrogados e afastados de seus cargos após uma série de investigações do governo dos EUA, revelaram as fontes.

Não está claro qual foi o verdadeiro dano causado pelos profissionais, nem quais regras foram violadas por esses empregados, que não tiveram suas funções divulgadas. Esta seria a pior quebra de segurança na história da NSA nos últimos 61 anos. Funcionários da instituição e do Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional não comentaram o assunto.

Snowden, que hoje vive em asilo político na Rússia, trabalhou na unidade do Havaí por um mês antes de revelar os documentos sobre a espionagem, onde teve acesso a milhares de arquivos confidenciais da agência. De acordo com pessoas ligadas ao governo norte-americano que estudam os danos causados pelos vazamentos, as avaliações do caso andam lentamente, já que o ex-agente conseguiu esconder seu rastro eletrônico de como conseguiu invadir registros e documentos da NSA.

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As fontes afirmam que os investigadores sabem quais arquivos Edward Snowden acessou, mas não têm ideia de quantos desses dados foram baixados e copiados. Os únicos que teriam visto tais documentos secretos foram os interlocutores de Snowden, como o jornalista e ex-funcionário do The Guardian, Gleen Greenwald, a cineasta Laura Poitras e um repórter não identificado de um jornal britânico.

Após descobrir que Snowden teve ajuda de empregados da própria NSA, o Comitê de Inteligência do Senado dos EUA aprovou uma lei destinada ao aumento de proteção de dados sigilosos do governo. Uma das cláusulas diz que serão investidos cerca de US$ 100 milhões para ajudar na criação de novos sistemas de segurança, que irão detectar e monitorar qualquer tentativa de acesso ou download sem autorização de arquivos sigilosos.