Vídeo: veja a SpaceX resgatando uma das partes do Falcon 9 com uma rede gigante
Por Daniele Cavalcante | 20 de Agosto de 2020 às 18h10
Na última terça-feira (18), a SpaceX lançou o foguete Falcon 9 com mais um carregamento de satélites Starlink. Desta vez, 58 unidades foram levadas à órbita terrestre; as duas demais vagas do foguete foram utilizadas para acomodar unidades SkySats da Planet Labs, que são satélites de observação da Terra. Depois do lançamento bem-sucedido, a empresa conseguiu apanhar uma das carenagens em uma espécie de rede gigante.
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O Falcon 9 tem dois estágios, sendo que o primeiro deles tem nove propulsores Merlin 1D e é responsável por levar o foguete até uma altitude de 70 km. Depois que ele se separa do segundo estágio, responsável por levar a carga até a órbita, o primeiro retorna para um pouso controlado. Recentemente, a SpaceX conseguiu, pela primeira vez, recuperar as duas metades da carenagem que protege a carga, posicionada no "nariz" do foguete.
Juntas, essas duas peças são avaliadas em US$ 6 milhões, então é um bom negócio recuperá-las também, para voos futuros. Elas retornam à Terra com a ajuda de paraquedas e são capturadas pelos barcos autônomos GO Ms. Tree e GO Ms. Chief. Neles, as redes gigantes são acomodadas para suavizar o pouso das duas metades da carenagem.
No entanto, desta vez apenas uma das duas metades caiu na rede com sucesso, apanhada pelo GO Ms. Tree. A outra teve que ser “pescada” no mar pelo GO Ms. Chief - mas isso não significa que não possa ser reutilizada, pois a SpaceX já conseguiu fazer voar uma dessas partes que acabou mergulhando. Mesmo assim, o resgate durante o pouso é muito mais seguro, já que a água do mar pode prejudicar o equipamento.
O lançamento mais recente dos satélites Starlink foi um recorde para o programa reutilizações de peças da SpaceX: foi o sexto deste primeiro estágio do Falcon 9, um marco inédito para a empresa de Elon Musk. Provavelmente mais decolagens serão realizadas por este booster, já que ele também conseguiu pousar com segurança no navio.
Fonte: Live Science