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Uma em cada cinco galáxias do universo primitivo ainda seriam desconhecidas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Novembro de 2021 às 16h50

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Reprodução/NASA
Reprodução/NASA

Uma pesquisa liderada pela Universidade de Copenhague descobriu duas galáxias a 29 bilhões de anos-luz da Terra, escondidas em uma camada espessa de gás e poeira — até então, invisíveis para o Telescópio Espacial Hubble. A novidade, segundo os autores do estudo, indica que uma em cada cinco galáxias distantes podem estar passando despercebidas — e isto implicaria numa reformulação do atual mapa do universo, do Big Bang aos dias atuais.

As duas galáxias, nomeadas REBELS-12-2 e REBELS-29-2, passaram despercebidas pelas lentes ópticas do Hubble. No entanto, graças a uma ferramenta potente que "enxerga" outros comprimentos de onda do espectro eletromagnético (o radiotelescópio ALMA, localizado no Chile), os astrônomos detectaram as ondas de rádio emanadas das profundezas frias e escuras do universo.

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O professor associado do Cosmic Dawn Center e também coautor da descoberta, Pascal Oesch, disse que ele e sua equipe procuravam por galáxias distantes já conhecidas pelo Hubble, até que perceberam duas vizinhas fora do esperado. “Como as duas galáxias vizinhas são cercadas por poeira, parte de sua luz é bloqueada, tornando-as invisíveis para o Hubble", acrescentou Oesch.

Segundo os autores, esta descoberta aponta para um universo primitivo bem mais povoado por galáxias. Isso porque muitas ainda estariam escondidas em meio as densas nuvens de gás e poeira. Graças às 66 antenas do radiotelescópio ALMA, as ondas de rádio, as quais atravessam essas nuvens, foram capturadas e os astrônomos detectaram as novas galáxias distantes.

Então, eles compararam as descobertas com o que já se conhecia sobre a população de galáxias desde o início do universo — algo entre 13 bilhões de anos atrás. A equipe estimou que entre 10 e 20% das primeiras galáxias ainda podem estar escondidas nessas cortinas de gás e poeira. Mas “primeiro, precisamos de uma contabilidade adequada", pontuou Oesch.

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Olhar profundo para galáxias distantes

Apesar de todo sucesso e importância do telescópio Hubble para a astronomia, ele não consegue enxergar com grandes detalhes o passado do universo. Por isto, a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA) aguardam ansiosamente pelo lançamento do Telescópio Espacial James Webb.

Munido das tecnologias mais modernas, o James Webb conseguirá "mergulhar" ainda mais profundamente no universo, fornecendo novas peças para compreensão e origem das estrelas e galáxias. Ele “será muito mais sensível que o Hubble e capaz de investigar comprimentos de onda mais longos, que deve nos permitir ver essas galáxias ocultas com facilidade", ressaltou Oesch.

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O telescópio espacial James Webb está previsto para ser lançado a partir do dia 22 de dezembro.

Fonte: Nature; University of Copenhagen; Via ScienceDaily