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Tempestades gigantes de amônia podem desbotar as faixas coloridas de Júpiter

Por| 03 de Setembro de 2019 às 23h40

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NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Kevin M. Gill
NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Kevin M. Gill

Grandes tempestades brancas em Júpiter estão se formando nas faixas coloridas do gigante gasoso. Elas se assemelham às nuvens cumulonimbus, daqui da Terra, que são tão grandes que sua forma semelhante a uma bigorna só pode ser vista a uma longa distância. Infelizmente, como esse tipo de evento em Júpiter costuma ser gigantesco, as tempestades estão desfocando as cores que separam as faixas atmosféricas do planeta.

Em um processo semelhante ao das nossas cumulonimbus, colunas de amônia e vapor de água sobem através da camada externa de nuvens de Júpiter, antes de se condensarem e se espalharem em formato de plumas brancas pela superfície que enxergamos do planeta. Ao longo do caminho, elas criam redemoinhos nas bordas de diferentes faixas coloridas, misturando seus tons marrons e brancos.

Se as coisas continuarem nesse ritmo e as nuvens forem muito fortes, e se esses eventos de convecção continuarem, as nuvens podem alterar uma das faixas coloridas por inteiro, ao longo do tempo. Quem deu esse aviso foi Imke de Pater, astrônomo da Universidade da Califórnia, e principal autor de um artigo sobre esses eventos. Ele acrescenta que esse processo pode levar alguns meses.

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"Tivemos muita sorte com esses dados, porque foram obtidos apenas alguns dias depois que astrônomos amadores encontraram uma pluma brilhante no Cinturão Equatorial do Sul", disse de Pater, que usou o Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array (ALMA) no Chile e o Telescópio Espacial Hubble em seu estudo. "Com o ALMA, observamos o planeta inteiro e vimos aquela pluma, e como o ALMA sondava abaixo das camadas de nuvens, podíamos realmente ver o que estava acontecendo sob as nuvens de amônia", revelou.

Essa observação mostra que as plumas começam a se formar nas profundezas da atmosfera do gigante gasoso. Aglomerados de água e amônia sobem juntos, chegando a um ponto 80 quilômetros abaixo da superfície das nuvens. Ali, a água se condensa em gotículas, liberando calor. O aumento de energia impulsiona a amônia para através das nuvens externas, onde pode formar as manchas brancas. Agora, só o tempo dirá o quanto o fenômeno vai afetar a paisagem jupiteriana.

Fonte: Live Science