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SpaceX diz que bug a impediu de verificar rota de colisão entre satélites

Por| 03 de Setembro de 2019 às 22h40

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Na segunda-feira (2), a Agência Espacial Europeia (ESA) publicou uma sequência de tweets para informar que realizou uma manobra em um de seus satélites para evitar uma colisão com o Starlink 44, que faz parte de uma “constelação” da SpaceX — atualmente a frota é de apenas 60 satélites iniciais. Só que, de acordo com a empresa de Elon Musk, alguns problemas de comunicação tornaram as coisas um pouco mais complicadas do que deveriam ter sido.

Inicialmente, tudo ia bem. A ESA identificou a aproximação dos satélites com cinco dias de antecedência, usando dados fornecidos pelo 18th Space Control Squadron, da Força Aérea dos EUA, e informou a SpaceX sobre o assunto. “Ao longo dos dias, a probabilidade de colisão excedeu o limite de decisão e iniciamos a preparação da manobra e compartilhamos nossos planos com a SpaceX. A decisão de manobrar foi tomada no dia anterior”, disse Holger Krag, diretor do Escritório de Programa de Segurança Espacial da ESA.

As chances de uma colisão foram estimadas em 1 para 1.000, o que é alto o suficiente para justificar a manobra. Mas um porta-voz da SpaceX disse que a equipe do Starlink “trocou e-mail com a equipe de operações da Aeolus pela última vez em 28 de agosto, quando a probabilidade de colisão estava apenas na faixa 1 em 50.000”. O valor de limite padrão da indústria é de 1 em 10.000.

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Quando os dados da Força Aérea dos EUA mostraram que a probabilidade havia aumentado para mais de 1 em 10.000, a SpaceX enfrentou um bug que impediu o operador do Starlink de ver as atualizações sobre esse aumento de probabilidade, de acordo com o porta-voz. "Se o operador do Starlink tivesse visto a correspondência, teríamos agido coordenadamente com a ESA para determinar a melhor abordagem para a manobra".

Ainda de acordo com o porta-voz, "a SpaceX ainda está investigando o problema e vai implementar ações corretivas”. Essa informação é preocupante, pois mostra como a gestão do tráfego espacial pode falhar e deixar as coisas um tanto caóticas no espaço — e nas salas de operações. Esse problema deixou a ESA sem novas respostas da SpaceX, que tinha apenas um número de probabilidade baixa demais para agir e, por isso, a agência europeia teve que tomar decisões unilaterais.

Mas não é como se a SpaceX estivesse de braços cruzados sobre os riscos que sua constelação de satélites pode representar para outras operações. A empresa está equipando seus satélites com tecnologias automáticas e manuais de prevenção de colisões, e também compartilha previsões de posição e velocidade, entre outros dados, com a Força Aérea dos EUA e demais operadores de satélites.

Fonte: GIzmodo