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Space Tango quer lançar sua própria estação orbital de pesquisa em dois anos

Por| Editado por Jones Oliveira | 02 de Março de 2021 às 22h00

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Reprodução/Space Tango
Reprodução/Space Tango

A Space Tango, empresa que realiza experimentos científicos na Estação Espacial Internacional (ISS) relacionados à saúde e tecnologia, planeja lançar a ST-42, que seria uma pequena estação espacial em órbita destinada à pesquisa científica. A ideia é que a plataforma seja reutilizável e possa ser operada sem a necessidade de astronautas a bordo. A empresa planeja lançá-la em dois anos.

Fundada em 2014, a Space Tango possui dois pequenos contêineres de pesquisa a bordo da ISS. O primeiro foi instalado em 2016, com o segundo sendo lançado em 2017. Hoje, a empresa se destaca com a produção de equipamentos médicos e tecidos humanos na microgravidade, produzidos principalmente por meio de técnicas de impressão 3D avançadas. Este método permite produzir estruturas mais delicadas que, se fossem feitas na Terra, podem ficar com imperfeições devido à gravidade.

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Assim, pensando em expandir os negócios e os experimentos na microgravidade, a empresa começou a planejar sua própria estação espacial: “conforme a escala dos nossos negócios cresce em diferentes usos, ter uma nave dedicada para a produção será o caminho”, disse Twyman Clements, CEO da Space Tango. A estação espacial ST-42 seria um pouco mais complexa que uma cápsula espacial e teria painéis solares para gerar energia elétrica, além de um escudo de calor para proteger sua estrutura.

O interior dela poderia ser reconfigurado de acordo com as necessidades de cada missão, sendo que a ideia é que cada nave possa ser reutilizada até 10 vezes. Ainda não há informações sobre o valor que a empresa planeja investir neste projeto ou quanto a nave deverá custar. O projeto ST-42 está em andamento há cerca de dois anos e a empresa está analisando qual seria o tipo de propulsão mais adequado: "não estamos necessariamente interessados na hidrazina, que é comum para a propulsão no espaço", disse Clements, ressaltando que o composto é tóxico e explosivo, mas que a empresa pode buscar opções mais ecológicas.

A empresa planeja manter as missões comuns na órbita baixa da Terra por cerca de duas semanas. Depois deste prazo, a cápsula iria reentrar na atmosfera e realizar uma amerissagem no oceano, perto da Flórida — a mesma região em que a Space Tango deve construir instalações de processamento, para que fiquem próximas do Kennedy Space Center. Hoje, somente a SpaceX consegue trazer de volta suas naves Dragon com instrumentos científicos a bordo.

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A Space Tango deverá lançar um protótipo de testes em 2023 para verificar como seria o lançamento e o voo, com a primeira nave não tendo escudo de calor. Até o momento, a empresa não escolheu a responsável pelo lançamento, mas Clements estudou a possibilidade de realizar um lançamento compartilhado, como os que são feitos pela SpaceX e Rocket Lab, por exemplo.

Fonte: UPI, Space Tango