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Organismo dos astronautas que viverem em Marte sofrerá mais do que imaginamos

Por| 27 de Outubro de 2017 às 16h54

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Organismo dos astronautas que viverem em Marte sofrerá mais do que imaginamos
Organismo dos astronautas que viverem em Marte sofrerá mais do que imaginamos

Por enquanto, a ida do ser humano à Marte é algo que está em fase de planejamento e desenvolvimento, mas tanto a NASA quanto a SpaceX já vêm estudando o quanto a jornada de 200 dias até que os astronautas cheguem o Planeta Vermelho impactará no organismo humano, bem como o que acontecerá com seus corpos depois que estiverem vivendo por lá. E esses danos podem ser maiores do que imaginamos.

Questões como atrofia muscular, perda de estrutura óssea, alta pressão intra-craniana, alta exposição à radiação e problemas psicológicos são algumas das preocupações. Para contornar esses problemas, a NASA vem trabalhando com parceiros em ideias como a de uma espécie de hibernação espacial, bem como habitações marcianas em cavernas protegidas. "Há muitos desafios que nos impedem de chegar lá em um estado saudável", declarou John Bradford, chefe de operações da Spaceworks. Ele é a favor desse estado de hibernação durante a viagem dos astronautas.

A hibernação traz também benefícios psicossociais, já que não se pode entrar em depressão enquanto dorme, além de promover uma redução da pressão intra-crianiana e abrir possibilidade para que seja feita uma espécie de eletroestimulação a fim de reduzir a atrofia muscular e perda óssea, sem que os astronautas sintam dor ou desconforto.

Além disso, a hibernação também pode colaborar para com a redução de gastos com suprimentos alimentares, reduzindo, ainda, os níveis de energia utilizados. Isso porque, durante a hibernação, a temperatura corporal seria reduzida de 37ºC para algo entre 32 e 34ºC. Mas os astronautas entrariam nesse estado de hibernação por duas semanas, acordando por alguns dias para retomar suas funções corporais, e repetindo o processo até chegar a seu destino. Isso representa outros perigos, já que será necessária uma sedação de longo prazo, nutrição e hidratação, além de eliminação de resíduos e controle contínuo de temperatura.

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Passada essa fase, chega o momento de viver em Marte, o que trará outros problemas ao corpo humano. De acordo com Laura Kerber, da NASA, "alguns dos maiores desafios são o ambiente de alta pressão, que requer um traje espacial volumoso e pressurizado, além das temperaturas extremamente frias à noite". A agência espacial já vem trabalhando na criação de trajes mais leves para que a locomoção seja possível.

Ainda, a radiação é outro problema para os astronautas que colonizarem Marte, já que o planeta não conta com um campo magnético de proteção como temos aqui na Terra. Outros desafios envolvem a gravidade marciana, que é de um terço da terrestre, e também é preciso saber mais sobre a poeira do planeta para descobrir o quão seguro seria respirá-la acidentalmente, ou, ainda, o que aconteceria com seu contato na nossa pele.

O robô Curiosity, que vem explorando a superfície de Marte há alguns anos, vem estudando questões como radiação, atmosfera e geologia do Planeta Vermelho, mas ainda há muito o que a NASA não conhece para que as futuras missões tripuladas sejam bem-sucedidas no que diz respeito à integridade física dos corajosos astronautas.

Fonte: Engadget