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O céu não é o limite | Luzes estranhas no céu, colisão de galáxias e mais!

Por| 25 de Junho de 2022 às 20h00

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Luzes estranhas no céu da Nova Zelândia, um “fóssil” de uma colisão entre galáxias e novidades, boas e ruins, sobre programa Artemis de retorno à Lua foram os destaques na astronomia e espaço nos últimos dias. Sem mais delongas, confira estas e outras notícias que agitaram a semana:

Um “combo” estranho no céu

Como diria o saudoso Jaca Paladium, “coisas estranhas acontecem na Nova Zelândia”. Ou, mais especificamente, nos céus do país. Nesta semana, dois fenômenos luminosos incomuns, um deles com um nome no mínimo curioso, chamaram a atenção em todo o mundo.

O primeiro foi uma espiral luminosa vista no céu da ilha Stewart, a terceira maior do país, no último domingo (19). Houve quem acreditasse que era obra de alienígenas, mas na verdade a explicação é simples: ela foi causada pelo descarte de combustível não utilizado no segundo estágio de um foguete da SpaceX, lançado horas antes. Fenômenos similares já foram vistos em locais como o Havaí e Alasca.

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O outro fenômeno tem um nome simpático, STEVE (sigla para “aumento de velocidade de forte emissão térmica", em tradução livre), e foi registrado em 2015, mas um estudo sobre ele só está sendo divulgado agora. Trata-se de um arco de luz vermelha que surge no céu, delimitado por “cercas” esverdeadas. Visualmente, ele é similar às autoras, mas seu processo de formação é diferente, e ainda não totalmente compreendido pela ciência.

Uma colisão galáctica

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Uma equipe de astrônomos reconstituiu o passado violento de Andrômeda, nossa vizinha galáctica, através de análises da composição e movimento de mais de 500 estrelas dela em uma região chamada “Plataforma Nordeste”. Eles concluíram que a plataforma é, na verdade, uma estrutura criada por forças de maré e matéria, formada por interações gravitacionais com outra galáxia.

No caso de Andrômeda, a estrutura parece ser formada principalmente pelos detritos de uma colisão com outra galáxia menor. “Os restos de cada colisão podem ser identificados pelo estudo do movimento das estrelas e de suas composições químicas”, explicou Ivanna Escala, coautora do trabalho. Segundo ela, esta informação é uma espécie de “impressão digital”, que permite identificar as estrelas que participaram da colisão.

E falando em colisões, a ISS escapou de uma!

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No dia 16 de junho a Estação Espacial Internacional (ISS) precisou ser manobrada pela nave de carga russa Progress MS-20, atualmente ancorada a ela, para evitar a colisão com lixo espacial produzido por um teste antissatélite feito pela Rússia em novembro do ano passado.

Durante 4 minutos e 34 segundos, os motores da nave Progress foram ativados para elevar ligeiramente a altitude da ISS. Em nota, a agência espacial norte-americana (NASA) acrescentou que a tripulação a bordo do laboratório não esteve em risco e que atividade não atrapalhou os trabalhos na estação.

Foguete pinta o céu

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Um foguete da SpaceX pode ter sido o responsável por pintar o céu dos EUA de vermelho no último domingo (19). Fotógrafos de diferentes lugares nos Estados Unidos se depararam com um brilho avermelhado misterioso, tão difuso que não podia ser visto a olho nu, mas que apareceu em fotos capturadas com longas exposições.

Christopher Hoffman fotografou o fenômeno em Maryland e contou que, inicialmente, pensou se tratar de uma nuvem difusa. “Após pesquisar, encontrei um artigo que dizia que um foguete da SpaceX foi lançado às 00h27" (1h27, no horário de Brasília), disse.

Para Carlos Martinis, físico espacial da Universidade de Boston, nos EUA, o fotógrafo pode estar certos. Geralmente, o acionamento dos propulsores do segundo estágio de um foguete ocorre cerca de três minutos após o lançamento, e dura quase seis minutos. Esta queima ocorre a uma altitude em que há íons positivos de oxigênio na atmosfera, que se combinam com outras moléculas no ambiente. Esta combinação forma novos íons, que reagem com elétrons e produzem um brilho vermelho.

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Atrasos no caminho para a Lua

Documentos de planejamento interno da NASA sobre o Programa Artemis, acessados pelo site Ars Technica, revelam que a agência espacial tem trabalhado em outros dois cronogramas para seu programa de exploração lunar tripulada, indicando atrasos inevitáveis.

Um dos planos alternativos é chamado de “cadência”, e prioriza um ritmo constante de missões à Lua. Ele incluiria uma missão extra chamada “Artemis III.5”, que enviaria quatro astronautas para a estação espacial lunar Gateway, com dois deles descendo à Lua. A missão exigiria um quarto lançamento com o SLS (até o momento só três estão planejados) e poderia custar cerca de US$ 5 bilhões.

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O outro plano é chamado de “conteúdo”, e é composto por missões mais epaçadas, porém com mais valor científico. Com ele haveria um intervalo de três anos entre a Artemis IV, em 2027, e a Artemis V, em 2030.

Quando questionada sobre os documentos internos, a porta-voz da NASA, Kathryn Hambleton, disse que a agência tem avançado com seus planos básicos para as missões além da Artemis III e avalia rotineiramente “arquiteturas alternativas” para um planejamento prudente.

Sinal verde para a Artemis I

A NASA anunciou nesta quinta-feira (23) que considera o ensaio geral do foguete SLS, realizado entre os dias 18 e 20 de junho, como "completo". O teste incluiu o abastecimento dos tanques de combustível do foguete, a contagem regressiva para o lançamento, a transferência do controle para o sequenciador automático de lançamento, e o esvaziamento dos tanques.

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Apesar de uma interrupção prematura do teste, faltando 29 segundos para a “ignição” dos motores RS-25, a NASA afima que conseguiu coletar "90%" dos dados esperados, e que não precisará de um novo ensaio geral para coletar o que falta.

Agora o foguete SLS e a cápsula Orion serão levados de volta ao Vehicle Assembly Building (VAB) no Centro Espacial Kennedy, onde um vazamento detectado durante o teste será reparado e o foguete e a cápsula serão preparados para o lançamento real, que deve ocorrer entre agosto e setembro. A Artemis I será uma missão não-tripulada, enviando a cápsula Orion em uma viagem de 26 dias ao redor da Lua e de volta à Terra.

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