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Novos espelhos de telescópios espaciais são leves, dobráveis e baratos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Abril de 2023 às 19h02

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Sebastian Rabien/Instituto Max Planck
Sebastian Rabien/Instituto Max Planck

Os próximos telescópios espaciais podem ter espelhos maiores, mais leves e mais baratos, tudo graças a um novo método recém-desenvolvido. Um artigo publicado na revista Applied Optics descreve os novos espelhos flexíveis que podem ser empacotados em uma espaçonave, reduzindo o volume durante o voo até a órbita.

Durante o desenvolvimento do processo de fabricação dos novos espelhos, os pesquisadores obtiveram protótipos tão flexíveis e finos que podem ser descritos como uma “membrana”. Para demonstrar a tecnologia, eles produziram espelhos parabólicos de 30 cm de diâmetro.

A produção é feita com um vapor químico sobre um líquido rotativo dentro de uma câmara de vácuo. O vapor é dividido termicamente em moléculas monoméricas que se depositam nas superfícies da câmara de vácuo e depois se combinam para formar um polímero.

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Esse processo em si não é uma novidade, já que se baseia em um princípio básico que usa a própria gravidade para formar um objeto em formato parabólico, mas é a primeira vez que é usado para criar espelhos de membrana para telescópios.

Quando o polímero estiver espesso o suficiente, uma camada de metal reflexivo — como alumínio — é aplicada sobre ele na parte superior e o líquido é lavado. Além de leve e flexível, permitindo dobrá-lo para caber nas espaçonaves, o espelho pode ser “corrigido” após ser desdobrado quando estiver em órbita.

A tecnologia, no entanto, ainda está em seus passos iniciais, embora já tenha sido validada por meio dos protótipos bem sucedidos. Agora, os pesquisadores querem aprimorar a técnica para saber os limites da capacidade de correção após o desdobramento do espelho no espaço.

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Eles também planejam criar uma câmara maior para aumentar o tamanho dos protótipos e produzi-los com um metro de diâmetro. Assim, será possível estudar melhor a estrutura da superfície em maiores escalas e os processos de “empacotamento” que podem ser usados nas espaçonaves.

Fonte: OPTICA