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Novo estudo tenta explicar a origem das dunas de Io

Por| Editado por Rafael Rigues | 20 de Abril de 2022 às 09h10

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NASA/JPL/University of Arizona
NASA/JPL/University of Arizona

A lua Io, de Júpiter, pode ter a superfície repleta de dunas formadas por interações entre fluxos de lava e dióxido de enxofre. É o que propõe um estudo liderado por George McDonald, da Rutgers University, que pode explicar como as dunas se formam em um ambiente frio e com ventos fracos, como é o de Io. Além disso, o estudo permite também expandir a compreensão científica das formações geológicas em outros mundos.

O estudo foi baseado em outro anterior, voltado para a análise de processos físicos do movimento dos grãos somado a análises de imagens da sonda Galileo. A missão operou de 1989 a 2003, e uma das maiores conquistas dela foi a coleta de dados sobre a extensa atividade vulcânica de Io — para você ter uma ideia, o vulcanismo por lá é tão intenso que os vulcões alteram repetidamente a superfície da lua.

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Por isso, Io tem superfície coberta por uma mistura de fluxos de lava escuros solidificados e areia, acompanhados de fluxos de lava “efusivos” e “neve” de dióxido de enxofre. Através de equações matemáticas, os cientistas simularam as forças atuantes sobre um único grão de basalto ou gelo, e calcularam o caminho que podem seguir com o efeito delas.

Eles descobriram que, quando a lava flui para o dióxido de enxofre sobre a superfície de Io, o escape do composto tem densidade e velocidade suficientes para mover os grãos pela lua; em outras palavras, isso pode possibilitar a formação de estruturas em larga escala, como as dunas. Após determinar o mecanismo de formação delas, os autores observaram imagens de Io capturadas pela Galileo.

A equipe notou que as cristas e relações de altura e largura entre elas são consistentes com as tendências das dunas observadas na Terra e em outros planetas. Para McDonald, o "estudo mostrou que os ambientes onde as dunas são encontradas são consideravelmente mais variados que as paisagens desertas clássicas e infinitas em regiões da Terra, ou no planeta Arrakis, em ‘Duna’", disse. “Trabalhos assim realmente nos permitem entender como o universo funciona”, finalizou Lujendra Ojha, coautor do estudo.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Communications.

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Fonte: Nature Communications; Via: Rutgers University