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Novas imagens revelam que o cometa NEOWISE estava girando rapidamente

Por| 27 de Agosto de 2020 às 19h30

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NASA/Johns Hopkins APL/Naval Research Lab/Parker Solar Probe
NASA/Johns Hopkins APL/Naval Research Lab/Parker Solar Probe

Mesmo após a despedida do cometa C/2020 F3 NEOWISE, que já segue seu rumo em direção ao Sistema Solar externo, algumas imagens capturadas por telescópios continuam sendo divulgadas, trazendo informações valiosas sobre o objeto. No início da semana, vimos as fotos em alta resolução do Hubble, e hoje é a vez do Observatório Gemini, localizado no Havaí.

Com um telescópio de 8,1 metros, o Gemini foi capaz de observar algo que nem mesmo o poderoso Hubble conseguiu mostrar: o cometa NEOWISE estava girando, um movimento que criou um fluxo espiral de gás molecular. Essa observação foi lideradas por Michal Drahus e Piotr Guzik, da Universidade Jagiellonian em Cracóvia.

Esse detalhe na imagem não foi por acaso, já que a dupla de cientistas estava mesmo curiosa para ver e estudar a dinâmica rotacional do cometa. Então, no dia 1 de agosto, eles conseguiram constatar que o NEOWISE completava uma volta em torno de si mesmo a cada 7,5 horas. Esse cálculo foi feito medindo o fluxo da espiral de gás molecular emitido pelo cometa conforme girava.

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O NOIRLab, centro de astronomia óptica e infravermelha da National Science Foundation, comparou o fenômeno com uma mangueira giratória. “À medida que o material vaporizado sai do cometa, sua rotação faz com que ele pareça espiralar para fora, como a água de uma mangueira giratória de jardim”. Eles explicam que é o próprio material que impacta a rotação do cometa, fazendo com que o núcleo gire para cima ou para baixo. Isso não é exclusivo do NEOWISE, mas o efeito parece ser muito fraco em outros cometas para ser detectado, de acordo com o NOIRLab.

O Gemini não foi o único a capturar imagens que mostrem o movimento de rotação do cometa. O astrofotógrafo amador da Alemanha, Bernd Gährken, também conseguiu algumas exposições, montadas na forma de uma animação que mostra um pouco a forma espiral do NEOWISE à medida que ele gira.

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Todas essas imagens capturadas e descobertas sobre o NEOWISE são muito valiosas para a ciência. É que a órbita dele ao redor do Sol leva 6.765 anos para se completar, ou, seja, sua última passagem pelos arredores da Terra aconteceu antes da invenção da escrita na Mesopotâmia. Vai levar muito tempo até que a humanidade possa vê-lo e estuda-lo outra vez.

Fonte: Universe Today