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NASA fecha contrato com a SpaceX para lançar missão que estudará a lua Europa

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Julho de 2021 às 14h20

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Na semana passada, a NASA anunciou um contrato no valor de US $178 milhões com a SpaceX, para o lançamento da missão Europa Clipper, que irá estudar a lua Europa, de Júpiter. Se tudo correr conforme o planejado pela agência espacial, a missão será lançada por um foguete Falcon Heavy em outubro de 2024, alcançando Júpiter em 2030. Depois, o orbitador irá passar quatro anos (anos terrestres, vale ressaltar) estudando a lua Europa, ao longo de 50 sobrevoos.

A missão Europa Clipper foi oficializada em 2019 e será lançada para estudar detalhadamente esta lua que guarda um grande oceano de água líquida abaixo da camada congelada que a envolve. A missão conta com um orbitador equipado com um belo conjunto de instrumentos científicos que serão usados para investigar se, afinal, Europa tem as condições necessárias para a ocorrência de vida.

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O novo contrato representa uma definição para o lançamento, algo que estava incerto há algum tempo: inicialmente, o Congresso dos Estados Unidos instruiu a NASA a lançar a Clipper com o foguete Space Launch System (SLS), o veículo gigante que a agência espacial segue desenvolvendo para levar pessoas e cargas a diferentes destinos no espaço profundo. O problema é que, além dos altíssimos custos, o desenvolvimento do SLS já passou por vários atrasos. Como as primeiras missões do foguete serão dedicadas ao programa Artemis, não estava claro quando o veículo poderia ser usado pela Europa Clipper.

Foi somente quando o Congresso apresentou a proposta do ano fiscal de 2021 que a agência espacial teve a flexibilidade de selecionar um veículo comercial, que seria uma alternativa para lançar a missão. No fim das contas, o Congresso aceitou a mudança devido a possíveis problemas de compatibilidade entre a Clipper e o SLS — tanto que a Câmara dos Representantes dos EUA afirmou que o SLS poderia ser usado para o lançamento somente se estivesse disponível e se as análises confirmassem que o veículo era apropriado para o lançamento.

Após a aprovação do orçamento, a NASA alterou o projeto da missão para prepará-la para ser lançada com um veículo comercial — e devido aos requisitos técnicos da missão e aos veículos disponíveis para cumpri-los, as chances de a NASA selecionar um veículo da SpaceX para o lançamento eram altas. Ao optar por usar o Falcon Heavy, a agência espacial afirma que poderá economizar mais de US$ 1,5 bilhão em comparação com os custos do SLS, mas terá algumas mudanças no cronograma da missão.

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Se o lançamento fosse feito com o SLS, a nave poderia seguir viagem direto a Júpiter, e levaria apenas três anos após o lançamento para alcançar o gigante gasoso. Já no caso do Falcon Heavy, a nave precisará de assistência gravitacional da Terra e de Marte e chegará a Júpiter cinco anos após o lançamento. De qualquer forma, este novo lançamento por conta da SpaceX se junta a outras missões futuras que a NASA já fechou com a empresa, como o lançamento dos primeiros módulos da estação Gateway.

Fonte: NASA, Space.com, SpaceNews