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Sondas da missão Voyager seguem batendo recordes 40 anos após lançamento

Por| 04 de Agosto de 2017 às 13h13

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NASA
NASA

As sondas Voyager 1 e Voyager 2 seguem surpreendendo a comunidade científica mesmo 40 anos depois de seu lançamento, em 1977. Com o objetivo inicial de estudar os planetas Júpiter e Saturno e suas respectivas luas, as sondas tiveram sua missão ampliada para também estudar os sistemas de Urano, Netuno e Plutão. Então, em 1990 as naves completaram sua exploração do Sistema Solar, mas o que poderia ter significado o encerramento da missão histórica acabou se transformando na Missão Interestelar Voyager para desvendar mistérios do espaço profundo.

As Voyager 1 e 2 são, atualmente, as naves construídas por humanos que estão há mais tempo em atividade, também sendo as que chegaram mais longe em toda a história da exploração espacial. Elas ainda se comunicam com sistemas da Terra e podem continuar em pleno funcionamento até pelo menos a década de 2020. Além disso, as Voyagers são particularmente especiais por conterem, cada uma, um disco de ouro com sons, imagens e mensagens da Terra para caso, algum dia, uma civilização alienígena inteligente as encontre. Como as naves podem se manter intactas no espaço por bilhões de anos, esses discos acabarão se tornando verdadeiras cápsulas do tempo, registrando a existência da humanidade mesmo que, até lá, nosso planeta já não exista mais.

Recordes e mais recordes

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Entre os diversos recordes batidos pela missão Voyager está o fato de que a Voyager 1 se tornou, em 2012, a primeira e única nave espacial a entrar no espaço interestelar, enquanto a Voyager 2 foi a única nave que explorou, em uma única missão, todos os quatro planetas gasosos do Sistema Solar.

Foi a Voyager 2 que descobriu que há vulcões ativos em outro local além da Terra dentro do nosso sistema estelar, especificamente em Io, lua de Júpiter; além de ter enviado indícios da existência de um oceano subterrâneo em outra lua joviana, Europa. A sonda também revelou que Titã, lua de Saturno, tem uma atmosfera parecida com a nossa, e mostrou a existência de Miranda, lua de Urano; além de Tritão, que orbita Netuno. Depois de tudo isso, a sonda entrará no espaço interestelar, fazendo companhia à Voyager 1, nos próximos anos.

Quanto a Voyager 1, depois que ela saiu do Sistema Solar rumo ao espaço profundo, a nave informou que os raios cósmicos, que são acelerados quase que na mesma medida da velocidade da luz, são quatro vezes mais abundantes no espaço interestelar do que nas proximidades da Terra. Isso significa que a heliosfera efetivamente atua como um escudo de radiação para os planetas.

Data de validade

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Para Thomas Zurbuchen, da NASA, “poucas missões poderão se equiparar aos avanços da Voyager, que nos abriu os olhos para as maravilhas desconhecidas do universo e realmente inspirou a humanidade a continuar explorando nosso Sistema Solar, e além”. Ainda assim, a agência espacial dos EUA pretende desligar os instrumentos até o ano de 2030. Isso porque, de acordo com Suzanne Dodd, gerente de projeto da Voyager, “a tecnologia é de várias gerações passadas, e é preciso que alguém com a experiência dos anos 1970 compreenda como as naves funcionam e quais atualizações podem ser feitas para que elas continuem operando hoje e no futuro”.

Contudo, ainda que as Voyagers sejam oficialmente desconectadas dos instrumentos terrestres dentro desse cronograma, as sondas continuarão seguindo viagem em uma velocidade que, atualmente, é de 48.280 km/h, e devem completar uma órbita dentro da Via Láctea a cada 225 milhões de anos.

Fonte: Phys.org