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James Webb encontra pequeno asteroide entre as órbitas de Marte e Júpiter

Por| Editado por Patricia Gnipper | 06 de Fevereiro de 2023 às 14h10

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

O telescópio James Webb identificou um asteroide com diâmetro estimado entre 100 e 200 metros, que pode ser um dos menores objetos já descobertos no Cinturão de Asteroides — e o menor observado pelo Webb até o momento. A detecção é resultado do trabalho de uma equipe internacional de astrônomos, que trabalhou com dados da calibração do instrumento Mid-InfraRed Instrument (MIRI), do telescópio.

Na verdade, as observações que revelaram a pequena rocha espacial não tinham o objetivo de identificar novos asteroides. Elas foram obtidas como imagens de calibração do asteroide (10920) 1998 BC1, localizado no Cinturão de Asteroides. Este asteroide foi descoberto em 1998, mas a equipe de calibração considerou que houve falhas nas observações devido a aspectos técnicos.

Mesmo assim, a equipe conseguiu usar os dados do asteroide 10920 para testar uma nova técnica de determinação de órbita e estimativa do tamanho dos objetos desejados. O método foi validado com as observações do MIRI que, por acaso, revelaram o outro pequeno asteroide ali. Ele tem mais ou menos o tamanho de um prédio de pelo menos 20 andares , sua órbita é de baixa inclinação e está na região interna do Cinturão.

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“Nossos resultados mostram que até observações ‘fracassadas’ do Webb podem ser cientificamente úteis, se você tiver a mentalidade certa e um pouco de sorte”, disse Thomas Müller, astrônomo do Instituto Max Planck. Entretanto, ainda são necessários mais dados de posição em relação às estrelas ao fundo para confirmar que, de fato, trata-se de um asteroide até então desconhecido.

Se confirmado, o objeto poderá trazer implicações significativas para o que se sabe da formação e evolução do Sistema Solar. Além disso, os resultados sugerem também que o Webb pode contribuir — mesmo que acidentalmente — para a detecção de novos asteroides.

O artigo que descreve as descobertas foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

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Fonte: Astronomy & Astrophysics; NASA