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Futuro telescópio poderá identificar asteroides "escondidos" pelo Sol

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Fevereiro de 2023 às 15h23

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ESA / Pierre Carril
ESA / Pierre Carril

A Agência Espacial Europeia (ESA) vem trabalhando na missão NEOMIR, que prevê um telescópio localizado entre a Terra e Sol para servir como um sistema de alerta de asteroides com pelo menos 20 metros de diâmetro, “invisíveis” para telescópios em solo. A missão deve ser lançada em meados de 2030.

Há uma quantidade desconhecida de asteroides escondidos pelo brilho do Sol, seguindo trajetórias que não podem ser monitoradas e que, talvez, estejam em direção à Terra. Foi o caso do meteoro que explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, em 2013: a rocha espacial era relativamente pequena, mas veio de perto da direção do Sol e passou despercebida até explodir na atmosfera.

Pensando em preencher esta lacuna da detecção de asteroides, a ESA está desenvolvendo a missão NEOMIR. Ela será lançada com destino ao Ponto de Lagrange 1, entre o Sol e a Terra, e ficará na mesma posição em relação aos dois corpos. Assim, o telescópio poderá identificar possíveis asteroides em direção à Terra, vindos da direção do Sol.

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Além de estar fora do alcance da atmosfera terrestre, que impede alguns tipos de observações, o telescópio da missão NEOMIR será capaz de realizar observações na luz infravermelha. Ele irá monitorar uma espécie de “anel” perto do Sol (cuja observação a partir do solo terrestre é impossível) e, como vai trabalhar com a parte infravermelha do espectro eletromagnético, poderá detectar o calor emitido pelos asteroides.

Estas emissões não são ofuscadas pela luz do Sol, mas seriam absorvidas pela atmosfera da Terra. Como estará no espaço, o telescópio conseguirá observar a região, indo além das capacidades dos telescópios em solo.

Os recursos da missão podem render a identificação de asteroides de pelo menos 20 metros com, no mínimo, três semanas de antecedência. No caso de algum asteroide ser descoberto próximo do observatório, o alerta da presença da rocha espacial seria enviado com pelo menos três dias de antecedência.

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Fonte: ESA