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Ex-administrador da NASA passa a integrar conselho de diretores da Viasat

Por| 01 de Abril de 2021 às 16h55

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NASA/Bill Ingalls
NASA/Bill Ingalls
Jim Bridenstine

Administrador da NASA — a agência espacial dos EUA — entre abril de 2018 e janeiro de 2021, Jim Bridenstine se prepara para um novo desafio: ele passa a integrar o conselho de diretores da empresa de fornecimento de internet via satélite Viasat. Antes disso, ele já estava atuando na Acorn Growth Companies, uma firma de investimentos de capital privado com foco nos setores de defesa e aeroespacial, desde o começo deste ano.

Bridenstine passa a mergulhar de vez no mundo da internet via satélite e afirma estar preocupado com a exclusão digital e o futuro da humanidade. Por isso, sua vontade em tentar algo novo.

“Quando saí da NASA, recebi muitos telefonemas e mensagens de texto diferentes sobre o que deveria fazer a seguir ou o que poderia fazer a seguir”, disse o executivo ao site The Verge . Por sugestão de um mentor, ele começou a falar com as empresas nas quais estava interessado. A partir daí, ele mandou um e-mail para Mark Dankberg, precisdente-executivo e cofundador da Viasat e perguntou se eles precisavam de ajuda.

“Há um fosso digital e precisamos acabar com isso. Quero dizer, em última análise, se quisermos que mais partes do mundo estejam conectadas, temos que reduzir os custos”, disse ele.

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Bridenstine acredita que a abordagem da Viasat de transmitir internet a partir de órbitas de longa distância com satélites massivos de alto rendimento é o plano certo. Ele disse que também foi atraído pela meta da empresa de cortar custos dos serviços de internet — quase invocando um mantra semelhante ao que ele repetia sem parar na NASA sobre cortar custos de viagens de astronautas ao espaço.

Com sede no sul da Califórnia, a Viasat já atua no fornecimento de internet via satélite há tempos, atuando inclusive no Brasil. A empresa planeja lançar um trio de satélites dedicados a esta tarefa e que leva o nome de ViaSat-3, em intervalos de, aproximadamente, seis meses, começando no primeiro trimestre de 2022. A partir de órbitas super altas, esses três satélites poderão conectar o mundo todo com internet de banda larga e com capacidades de transferência na casa de um terabyte por segundo.

Concorrência em órbitas menores

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Satélites menores, que atuam em órbitas mais baixas e em grandes quantidades, vêm sendo cada vez mais utilizados para a oferta de serviços de banda larga. Nesse modelo, sua proximidade com a Terra reduz o tempo que leva para os sinais da Internet chegarem às residências e empresas.

A constelação Starlink, da SpaceX de Elon Musk, está crescendo rapidamente, com mais de 1.300 satélites lançados ao espaço desde 2019. Já a Amazon está planejando sua própria constelação, chamada de Projeto Kuiper. Ambas as constelações são empreendimentos multibilionários, um investimento que levou outras empresas à falência.

Mas a Viasat também tem planos de enviar 300 satélites da Internet para a órbita baixa da Terra. Em comunicado, Mark Dankberg afirmou que trazer Bridenstine ao conselho de diretores da empresa a ajudará a obter uma vantagem em "sistemas espaciais e tecnologia de redes globais". Ele acrescentou ainda que:

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"Jim também é um defensor ardoroso de preservar o acesso seguro ao espaço por meio de medidas proativas para proteger o ambiente espacial e conter detritos orbitais. ”

Segundo Caleb Henry, analista da indústria de satélites da Quilty Analytics, a NASA, obviamente, se preocupa muito com a preservação do acesso ao espaço. Logo, a visão de Bridenstine poderia ajudar a Viasat a criar argumentos sobre a sustentabilidade espacial, que tem peso maior no Capitólio:

"A experiência de Bridenstine como líder da NASA pode ajudar a Viasat a mergulhar no mercado espacial civil se quiser. Isso inclui, por exemplo, fornecer comunicações para atividades de exploração do espaço profundo"

Bridenstine participará das reuniões trimestrais do conselho de administração da Viasat, além de eventuais reuniões anuais de acionistas. “Mas se houver outras áreas onde posso preencher lacunas ou fornecer suporte durante o ano, não tenho dúvidas de que a Viasat provavelmente me ligará”, afirmou ele.