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Estudo explica os formatos das galáxias e pode mudar teoria da evolução cósmica

Por| 13 de Setembro de 2017 às 15h25

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Estudo explica os formatos das galáxias e pode mudar teoria da evolução cósmica
Estudo explica os formatos das galáxias e pode mudar teoria da evolução cósmica

Em 1926, o astrônomo Edwin Hubble desenvolveu um esquema de classificação para as galáxias, que constava de três grupos básicos, baseados em suas formas: elíptica, espiral e lenticular. Desde então, os astrônomos vêm dedicando tempo e esforço na tentativa de determinar como as galáxias evoluíram ao longo de bilhões de anos para terem essas formas.

Uma das teorias mais aceitas até agora é que as galáxias passaram por uma fusão, processo pelo qual pequenas nuvens de estrelas — ligadas pela gravidade mútua — se juntaram para levar a diferentes tamanhos e formas.

No entanto, um novo estudo de uma equipe internacional de pesquisadores revelou que as galáxias podem ter assumido esses aspectos como resultado da formação de novas estrelas no interior de seus centros. O estudo foi publicado recentemente na Astrophysical Journal Letters.

Liderada por Ken-ichi Tadaki, pesquisador pós-doutor do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre e do Observatório Astronômico Nacional do Japão, a equipe realizou observações de galáxias distantes para obter uma melhor compreensão da metamorfose galáctica.

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Telescópios terrestres em ação

O trabalho envolveu o uso de telescópios terrestres para estudar 25 galáxias que estavam a uma distância de cerca de 11 bilhões de anos-luz da Terra. A essa distância, a equipe estava vendo como essas galáxias pareciam há 11 bilhões de anos, ou cerca de 3 bilhões de anos após o Big Bang.

Essa época coincide com o pico do período de formação das galáxias no Universo, quando os fundamentos da maioria dos sistemas estavam sendo formados.

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Para capturar a luz fraca dessas galáxias distantes, o grupo de pesquisa usou três telescópios terrestres: Subaru, que fica no Havaí e pertence ao Observatório japonês, o Hubble/Space, da Nasa, e o ALMA, que está no Chile e é bancado por um consórcio global.

Ao combinar os resultados dos telescópios, os pesquisadores conseguiram completar uma imagem detalhada de como essas galáxias pareciam há 11 bilhões de anos, quando suas formas ainda estavam evoluindo.

Novas teorias para nossa galáxia

O que os pesquisadores encontraram foi bastante revelador. As imagens do Hubble indicaram que as galáxias iniciais eram dominadas por um componente no formato de um disco, sem a protuberância central que é associada às galáxias espirais e lenticulares.

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Já as imagens do ALMA mostraram que havia reservatórios de gás e poeira perto dos centros dessas galáxias, o que indica uma alta probabilidade de formação de estrelas.

Essas descobertas podem levar os astrônomos a repensar as teorias atuais sobre a evolução galáctica e como esses sistemas adotaram características como uma protuberância central e braços espirais. Isso também pode levar a uma reavaliação sobre os modelos de evolução cósmica, isso para não mencionar a história da nossa própria galáxia.

Fonte: Science Alert