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Estresse excessivo vem causando surtos de herpes em astronautas

Por| 19 de Março de 2019 às 09h57

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Estresse excessivo vem causando surtos de herpes em astronautas
Estresse excessivo vem causando surtos de herpes em astronautas
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Digamos que a carreira de um astronauta não é lá das mais simples: além do treinamento rigoroso, do isolamento de amigos e familiares e todo o estresse de ir até onde humano nenhum jamais esteve, um novo estudo da NASA indica que tripulantes das missões espaciais estão sendo diagnosticados com herpes com maior frequência do que quem fica aqui na Terra.

Segundo o levantamento, o estresse relacionado a tudo o que envolve o trabalho de um astronauta funciona como um redutor imunológico, baixando as defesas do organismo justamente durante as viagens espaciais — momento onde os astronautas secretam mais fluídos, como urina e saliva. A pesquisa indica que o sistema imunológico do corpo fica mais debilitado durante as viagens e demora até 60 dias após elas para se recuperar por completo.

“Durante as viagens espaciais, há um aumento na secreção de hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina, que são conhecidos por suprimirem o sistema imunilógico”, disse a autora do estudo, Satish Mehta. “Ao monitorarmos isso, nós descobrimos que as células brancas de defesa do astronauta — especificamente, aquelas que atacam e eliminam vírus — tornam-se menos eficazes durante viagens e, às vezes, até 60 dias depois”.

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Ela segue, apontando o estresse como culpado: "Os astronautas da NASA são submetidos a semanas ou até mesmo meses a ambientes de microgravidade ou radiação cósmica — sem mencionar os extremos da Força G durante o lançamento e reentrada das embarcações. O desafio físico é amplificado ainda mais por sinais familiares, como separação social, confinamento e um ciclo alterado de sono”.

Felizmente, os sintomas são raros, atingindo um percentual de 7% de casos registrados: em números expressos, a cada 80 astronautas, “apenas” seis ou sete contraem a doença. Contudo, Mehta explica que os riscos aumentam quanto mais longo for o tempo de permanência fora da Terra, o que pode ser um desafio em viagens mais longas.

“Ainda que uma proporção pequena desenvolva os sintomas, as taxas de reativação do vírus aumentam conforme a duração da viagem espacial e isso pode representar riscos maiores em missões para Marte e além”, ela explica.

Fonte: NASA