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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (28/11 a 04/12/2020)

Por| 05 de Dezembro de 2020 às 11h00

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ESA/NASA/Bowen James Cameron/Zachery Cooley
ESA/NASA/Bowen James Cameron/Zachery Cooley
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Você consegue adivinhar onde fica o penhasco mais alto do Sistema Solar? Não é na Terra — na verdade, não é em nenhum planeta. NASA trouxe essa e outras curiosidades em suas Imagens Astronômicas da Semana, e você pode conferir como é possível sobreviver a uma queda no penhasco de 20 km de profundidade.

Também há algumas imagens de nebulosas, que sempre surpreendem com seus formatos inusitados, além de galáxias em colisão e fotografias da Lua em cenários exuberantes. Sem mais delongas, vamos aos destaques que a NASA compartilhou nos últimos sete dias.

Sábado (28/11) — Bernard

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Galáxias anãs também possuem sua beleza, e a NGC 6822 está aqui para provar. Também conhecida como Galáxia de Barnard, está bem perto de nós, a apenas 1,5 milhão de anos-luz de distância. Ok, é inimaginavelmente longe para os padrões humanos, mas um piscar de olhos em proporções cósmicas.

A Bernard faz parte de nosso Grupo Local de galáxias, assim como a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães, Andrômeda, entre outras. Tem cerca de 7.000 anos-luz de diâmetro, bem pequena em comparação a grandes galáxias espirais como a própria Via Láctea. Mesmo assim, levaria 7 mil anos para percorrê-la de uma ponta à outra na velocidade da luz.

A coloração azulada das estrelas desta galáxia revela que são jovens, mesmo que cercadas com o brilho rosado que representa o hidrogênio interestelar. Já as estrelas maiores com quatro grandes pontas projetadas pertencem à Via Láctea e estão muito mais próximas de nós, em primeiro plano.

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Domingo (29/11) — O penhasco mais alto

Verona Rupes é nada menos que o penhasco mais alto do Sistema Solar, e não fica em nenhum planeta — e sim em Miranda, Lua de Urano. Ele foi fotografado pela sonda Voyager 2 em 1986, e ainda não se sabe ao certo como ele se formou. Estima-se que este penhasco tenha estúpidos 20 km de profundidade, ou seja, dez vezes mais ignorante que o Grand Canyon.

Mas se você por acaso caísse de lá, provavelmente sobreviveria com a ajuda de um simples airbag. É que a gravidade de Miranda é tão baixa que levaria 12 minutos para atingir o solo, a uma velocidade de aproximadamente 200 km/h. É, não deve ser algo incentivado para os exploradores e aventureiros em geral que passarem pelas vizinhanças de Netuno. Embora seja possível sobreviver, é difícil garantir a integridade de todos os ossos.

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Segunda-feira (30/11) — Coleção de nebulosas

Nesta imagem há não uma, nem duas, mas quadro nebulosas principais e algumas outras em menor destaque. O cenário corresponde a uma vasta região cósmica e as nebulosas aparecem de longe, e tudo estaria escuro caso filtros de luz não tivessem sido usados para detectar os gases que estão sempre presentes no universo. É por isso que há tantas cores entre as nebulosas.

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Para obter esta imagem, foi necessário um telescópio para cobrir uma visão de doze graus de largura na parte norte da constelação de Cygnus e, é claro, uma câmera. A composição é formada por imagens capturadas em uma exposição de 18 horas com dois filtros, um para receber apenas a luz vermelha de átomos de hidrogênio brilhantes e outro para a luz emitida pela pequena quantidade de oxigênio energizado.

O processamento digital removeu da composição as inúmeras estrelas que deveriam aparecer, deixando apenas as emissões de gases e poeira. É possível ver as nebulosas NGC 7000 (Nebulosa da América do Norte) e IC 5070 (Nebulosa do Pelicano) à esquerda, enquanto a IC 1318 (Nebulosa Borboleta) e NGC 6888 (Nebulosa Crescente) estão localizadas à direita, entre outras espalhadas no cenário.

Terça-feira (01/12) — Berçário de estrelas

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Esta é uma nebulosa localizada em outra galáxia, a Pequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias satélites da Via Láctea. A nebulosa NGC 346 é uma região de formação de estrelas com cerca de 200 anos-luz de diâmetro, que confirma um fato interessante: a pequena galáxia ainda produz novas estrelas.

A foto foi tirada pelo Telescópio Espacial Hubble e nessa região os astrônomos identificaram uma população de estrelas bebês cruzando faixas de poeira retratadas no lado direito. As novas estrelas ainda estão em colapso dentro de suas nuvens natais, e parecem avermelhadas por causa da poeira ao redor. No topo do cenário, há um aglomerado de estrelas bem alaranjadas, o que indica serem mais velhas.

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Quarta-feira (02/12) — Olho celeste

Essa é uma daquelas imagens que dispensam palavras para descrever. É necessário, entretanto, destacar o quão difícil é obter um resultado como este. Não que seja necessária uma série de exposições, mas para conseguir capturar a Lua quase cheia em um lugar específico como este, com o céu limpo e em perfeitas condições de luminosidade, o fotógrafo precisou de muito planejamento — e da ajudinha de três aplicativos.

O arco de arenito que forma a moldura natural deste “olho” levou bastante tempo para se formar através da erosão, e é bastante antigo, tendo alguns milhões de anos. Mas há muitos outros como este no Parque Nacional Arches, em Utah, EUA.

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Quinta-feira (03/12) — Galáxias em colisão

Essa curiosa formação que parece corresponder à proporção áurea é, na verdade, uma colisão entre duas galáxias. Elas estão a sessenta milhões de anos-luz de distância, na direção à constelação sul de Corvus, e estão calatogadas como NGC 4038 e NGC 4039. Fotografadas pelo Telescópio Espacial Hubble, as duas estruturas levarão ainda alguns milhões de anos para completar o processo de fusão galáctica.

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Mesmo que as duas galáxias ainda estejam distintas, suas grandes nuvens de gás molecular e poeira estão colidindo entre si, dando origem a novos aglomerados de estrelas. Então, nada mais justo do que dar à nova estrutura um único nome: The Antennae Galaxies. Entretanto, esses novos objetos acabam sendo ejetados para longe pelas forças gravitacionais caóticas dessa fusão. A imagem corresponde a 50.000 anos-luz de diâmetro.

Sexta-feira (04/12) — Girassol cósmico

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Para finalizar a lista da semana, outra galáxia, dessa vez uma espiral que parece bem mais tranquila, a Messier 63, também conhecida como NGC 5055, ou simplesmente Galáxia do Girassol. Ela fica a 30 milhões de anos-luz de distância em direção à constelação de Canes Venatici e possui quase 100.000 anos-luz de diâmetro. Ou seja, é quase o mesmo tamanho da Via Láctea, que tem 105.700 anos-luz de diâmetro.

Contudo, a Girassol tem alguns fluxos de estrelas que se estendem até a 180.000 anos-luz do seu centro galáctico, indo bem além de suas fronteiras. Essas estrelas são provavelmente remanescentes de galáxias satélites da M63, que acabaram sendo influenciadas pela galáxia maior. Algumas dessas galáxias satélites podem ser vistas ao redor, incluindo cinco galáxias anãs recém-identificadas, que podem acabar cedendo mais estrelas para a M63 nos próximos bilhões de anos.

Fonte: APOD