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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (09/01 a 15/01/2021)

Por| 18 de Janeiro de 2021 às 11h00

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NASA/ESA/F. Paresce/R. O'Connell/G. Cobianchi/J. Fischer
NASA/ESA/F. Paresce/R. O'Connell/G. Cobianchi/J. Fischer
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Chegamos a mais um sábado, e as imagens selecionadas pela NASA durante a semana foram ricas em variedade. Temos desde Titã, a lua de Saturno, a montanhas impressionantes de Plutão. Se você gosta de auroras polares, ficará satisfeito de ver duas imagens desses eventos atmosféricos magníficos. Mas o destaque mesmo fica para a fotografia de um brasileiro, o paranaense Rodrigo Guerra, que conseguiu uma imagem fabulosa da constelação indígena do Homem Velho. Confira essas e outras imagens com explicações e curiosidades!

Sábado (09/01) — Titã

Este é um mosaico formado por imagens de Titã, lua de Saturno, registradas pela sonda Cassini em maio de 2012. Titã, assim como a nossa própria Lua, tem uma órbita travada, ou seja, uma de suas faces está constantemente voltada para o planeta. Caso existam formas de vida saturnianas, eles jamais veriam o outro lado de Titã.

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Aqui, a lua joviana (os planetas do Sistema Solar a partir de Júpiter, bem como suas luas, são chamados de jovianos) está mostrando para a câmera da Cassini seu lado oposto a Saturno. A sonda está em uma posição que faz com que o planeta fique escondido atrás de sua própria lua. Em segundo plano, é possível ver os anéis de Saturno.

Titã é a única lua no Sistema Solar que possui uma atmosfera densa e o único lugar conhecido além da Terra que conta com corpos líquidos em sua superfície. Inclusive, existe até mesmo um ciclo de água semelhante ao da Terra, com evaporação e uma consequente chuva líquida. Isso faz com que este mundo seja um bom candidato para se buscar possíveis sinais de vida.

Domingo (10/01) — O aglomerado e a Tarântula

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O conjunto de estrelas concentradas nessa imagem é o super aglomerado R136, formado por estrelas jovens, com idades entre 1 e 2 milhões de anos, entre as quais há principalmente estrelas gigantes e supergigantes — algumas delas estão entre as maiores, mais quentes e mais massivas conhecidas pelos astrônomos. Uma destas estrelas é a R136a1, considerada a mais massiva já descoberta, com 265 massas solares, e também a mais luminosa, 10.000.000 mais brilhante que o Sol.

Esse aglomerado é parte da Nebulosa da Tarântula, cujas nuvens de gás e poeira foram esculpidas pelos ventos estelares e pela radiação ultravioleta dessas estrelas gigantescas. A nebulosa, por sua vez, fica dentro de uma galáxia satélite que orbita a Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 170 mil anos-luz de distância. É a maior e mais violenta região de formação de estrelas conhecida em todo o Grupo Local de galáxias. A imagem foi capturada em luz visível pelo Telescópio Espacial Hubble em 2009.

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Segunda-feira (11/01) — As fases da Lua em 2021

A Lua sempre exibe a mesma para nós, mas não exatamente com a mesma aparência o tempo todo. Por causa da inclinação e do trajeto de sua órbita, vemos o nosso satélite natural em ângulos diferentes ao longo do mês. Esse vídeo, que funciona mais ou menos como uma espécie de calendário lunar, mostra justamente essas mudanças de ângulos, compactando cada mês de 2021 em 24 segundos. À medida que as horas do dia avançam, vemos como a sombra sobre a superfície lunar se movimenta, revelando e ocultando as grandes crateras.

Há uma série de outros detalhes e informações no vídeo, tais como os nomes das crateras que aparecem quando o centro da cratera está a 20 graus do terminador (a fronteira entre a região iluminada e a região escura sobre o disco lunar). Os nomes estão na borda oeste de cada cratera durante as fases crescentes (antes da Lua Cheia) e a leste durante as fases minguante. Também há indicativos do local de pouso da Apollo.

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Confira todos os detalhes deste vídeo no site do NASA's Scientific Visualization Studio.

Terça-feira (12/01) — O Homem Velho

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Povos antigos de todo o mundo sempre usaram as estrelas como uma forma de aprender sobre nosso próprio planeta, valendo-se das constelações para se guiar na selva ou no mar, e também utilizando-as como um calendário para as épocas de plantação e colheira. No Brasil dos povos indígenas, não foi diferente. As constelações, além de contar histórias, foram fundamentais para o desenvolvimento das nações daquela época.

O Homem Velho é uma dessas constelações. Na forma de uma pessoa com uma perna só usando um bastão para se apoiar, a constelação representa um homem que teve a perna cortada pela esposa, que se interessava no cunhado. É formada por Eixu (as Pleiades), Tapi'i rainhyakã (as Hyades, incluindo Aldebaran) e Joykexo (O Cinturão de Orion). A perna cortada termina na estrela amarela hoje conhecida como Betelgeuse.

Quarta-feira (13/01) — Panorama galáctico

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Essa é uma daquelas imagens que dispensam qualquer comentário. O fotógrafo conseguiu em um único panorama capturar a faixa central de nossa Via Láctea (o arco à esquerda), a galáxia de Andrômeda logo abaixo dela, e uma aurora boreal (arco à direita). Ah, o planeta Marte também aparece como um ponto brilhante laranja bem abaixo da Via Láctea, quase tocando o teclado da cabana. Acima do arco da aurora também podemos ver um grupo de estrelas conhecido como Ursa Maior.

Quinta-feira (14/01) — Aurora austral

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Ainda falando em auroras, esta imagem mostra como o fenômeno pode ser visto do espaço. Mais precisamente, de dentro da Estação Espacial Internacional. Essa foto foi capturada por um dos astronautas a bordo do laboratório orbital durante a Expedição 52, no dia 25 de junho de 2017. Mas o cenário é um pouco diferente do que vemos nas auroras a partir da superfície terrestre: aqui, há faixas avermelhadas que se estendem acima do horizonte. As auroras acontecem quando há uma interação entre as partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre. Quando ocorre na regial sul do planeta (como é neste caso), é chamada de aurora austral.

Sexta-feira (15/01) — Montanhas de Plutão

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Não é porque Plutão deixou de ser considerado um planeta que não vamos mais nos interessar por ele. Pelo contrário, a categoria de planetas anões do Sistema Solar também é importante para se compreender melhor sobre a história de nosso "bairro galáctico". Esta paisagem de montanhas e planícies congeladas foi capturada pela New Horizons, quando ela olhou para Plutão, 15 minutos após se aproximar do "planetinha" em 14 de julho de 2015. O terreno provavelmente inclui gelo de nitrogênio e monóxido de carbono, de acordo com a NASA, e suas montanhas de gelo vão a altitudes de até 3.500 metros.

Fonte: APOD