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Chuva de meteoros inédita acontece nesta semana, mas será difícil observá-la

Por| Editado por Patricia Gnipper | 06 de Outubro de 2021 às 13h40

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Arman Alcordo Jr/Pexels
Arman Alcordo Jr/Pexels

Em 1995, o cometa 15P/Finlay voltava de sua jornada pelo Sistema Solar externo, quando deixou para trás um fluxo de partículas do tamanho de grãos de areia. Essa nuvem de detritos se moveu para dentro e para fora da órbita de nosso planeta, em uma espécie de "bolha" que a Terra atravessa agora. O resultado é uma chuva de meteoros inédita, batizada como Áridas.

Ao que tudo indica, a chuva Áridas nunca ocorreu antes, mas foi prevista pelos astrônomos naquele ano de 1995. Eles já haviam percebido que o fluxo de partículas estava evoluindo de modo que, 26 anos depois, a Terra atravessaria seu caminho. Quando isso acontece, os grãos atravessam a atmosfera terrestre e deixam riscos luminosos no céu noturno, criados por partículas ionizadas.

Inicialmente, a chuva inédita foi apelidada de "Finlay-ids", em referência a seu cometa original, mas não é assim que esses eventos costumam se chamar. Todas as chuvas anuais se originam de cometas que passaram pela órbita da Terra, mas elas recebem o nome de seu radiante, ou seja, a constelação de onde os meteoros parecem vir — daí temos a Aquáridas, Leônidas, e assim por diante.

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No caso da chuva Áridas, o radiante é a constelação Ara ou Altar, do hemisfério celestial sul. Seus primeiros meteoros omeçaram a cair na semana passada e os astrônomos esperam que o pico aconteça a partir desta quarta (6). Como o radiante é uma constelação visível abaixo da linha do equador, a chuva de meteoros também é um evento reservado aos habitantes das regiões mais ao sul do planeta, como Nova Zelândia, Argentina, Chile e alguns estados brasileiros.

Meteoros dessa chuva viajam a uma velocidade lenta, cerca de 10,8 km/s. Isso significa que não será fácil de observar, mas alguns astrônomos já conseguem fazer registros do evento. O Cometa Finlay tem aproximadamente 2 km de largura e os meteoros são inofensivos, pois se desintegram antes de ter a chance de chegar à superfície do planeta.

Esta será uma chuva difícil de se observar a olho nu, e talvez exija equipamentos mais sensíveis do que câmeras e lentes comuns. Mas aqueles que possuem câmeras fotográficas podem tentar flagrar algum movimento no céu noturno com longas exposições. Caso não encontre nenhum, não se preocupe, pois a fantástica chuva Orionidas terá seu pico no dia 21 de outubro.

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Fonte: Space.com