Astronauta que pisou na Lua crê que explorar Marte é o futuro da humanidade
Por Patricia Gnipper |
Buzz Aldrin foi o segundo homem a pisar na Lua, logo depois de Neil Armstrong descer do módulo lunar na missão Apollo 11, que completa 50 anos em julho. Agora, o ex-astronauta acredita que o futuro da humanidade está na exploração de outros mundos, a começar por Marte. "Nós exploramos ou expiramos. É por isso que devemos seguir em frente", disse ele.
Em artigo publicado no Washington Post, Aldrin falou também sobre o retorno da NASA à Lua, levando novamente astronautas para lá em 2024. Ao mencionar a declaração do vice-presidente Mike Pence sobre a missão, o ex-astronauta disse: "Eu estou com ele, em espírito e nação", completando que "é hora de voltarmos".
E Buzz vê com bons olhos as ambições de outras nações, além dos Estados Unidos, em conquistar o território lunar. Ele diz que países como China, Rússia, nações europeias e do Oriente Médio também explorarem a Lua é "tudo de bom", e acredita que "os Estados Unidos deveriam cooperar e se oferecer como um líder de equipe voluntário para explorar todos os aspectos da Lua, desde sua geologia e topografia até sua hidrologia e história cósmica". Dessa maneira, Aldrin acredita que "podemos elevar a cooperação da 'órbita baixa da Terra' à Lua", fazendo referência à cooperação internacional nas atividades da Estação Espacial Internacional.
Voltando à chegada da humanidade a Marte, Aldrin vê necessidade de a exploração do Planeta Vermelho ser uma prioridade dos EUA e, "para que isso aconteça, membros do Congresso, a administração Trump e o público americano devem se importar o suficiente para fazer das missões de exploração humana em Marte uma prioridade nacional". A ideia, em sua visão, é abrir uma porta, em nosso tempo de vida, para possibilitar uma grande migração da humanidade para Marte.
O ex-astronauta também traça um paralelo entre a época das missões Apollo e a Corrida Espacial do século passado com o momento atual da exploração espacial. "Assim como o presidente John F. Kennedy é lembrado por iniciar a unidade de nossa nação à Lua, onde Neil e eu deixamos pegadas, a administração Trump e este Congresso seriam lembrados por colocar humanos permanentemente na Lua e levar americanos a Marte", citando o programa Moon to Mars, da NASA, que justamente prevê o retorno de astronautas à Lua, criando uma presença constante e permanente de humanos no nosso satélite natural, para depois partir de lá rumo a Marte.
Encerrando sua reflexão, Buzz entende que esta missão envolvendo a permanência da humanidade na Lua e o início de uma colonização marciana será "unificadora" para a humanidade. "Estou pessoalmente feliz por estarmos voltando à Lua. Mas meus olhos vagam mais alto, para a esfera vermelha que, mesmo agora, aguarda uma bandeira americana e uma placa que diz: 'Nós viemos em paz em nome de toda a humanidade'" — fazendo alusão justamente à mensagem deixada em uma placa quando humanos pisaram na Lua pela primeira vez na história.
Fonte: Washington Post