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Astronauta da NASA viajará com cosmonautas em nave russa rumo à ISS

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Março de 2021 às 13h50

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Reprodução/Roscosmos
Reprodução/Roscosmos
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Nesta terça-feira (9), a NASA anunciou que o astronauta Mark Vande Hei vai se juntar aos cosmonautas Oleg Novitskiy e Pyotr Dubrov, da agência espacial russa Roscosmos, no voo que será lançado em 9 de abril com destino à Estação Espacial Internacional (ISS). Durante sua estadia, Vande Hei irá servir como engenheiro de voo e membro da tripulação da Expedição 65, e o trio viajará com a nave Soyuz MS-18.

Eles deverão chegar à estação três horas depois da decolagem, juntando-se aos sete tripulantes que já estão a bordo. Vande Hei realizou seu primeiro voo espacial em 2018 durante a Expedição 53/54, e acumulou 168 dias no espaço, com quatro spacewalks realizados em um total de 26 horas e 42 minutos de atividades. Na missão, ele irá trabalhar em experimentos que vão beneficiar a vida na Terra e o entendimento de como viver no espaço, realizando estudos sobre os sistemas de raízes do algodão e o mal de Alzheimer.

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Embora o anúncio tenha sido feito com apenas um mês à frente até o lançamento, a decisão da NASA não é exatamente uma surpresa, uma vez que já havia sido levantada a possibilidade de a agência espacial reservar um assento no veículo russo para levar um astronauta dos Estados Unidos à ISS e, assim, garantir a continuidade da presença norte-americana no laboratório orbital. Em um comunicado, a Roscosmos afirma que, devido a um pedido "urgente do lado norte-americano", eles concordaram em levar Vande Hei junto da tripulação da Soyuz MS-18/64S, e reafirmam o compromisso de acordos e o espírito do uso conjunto da ISS.

Por meio do Commercial Crew Program, a NASA contratou a SpaceX e a Boeing para desenvolver veículos para serem usados no transporte de astronautas norte-americanos à ISS, porque, se um veículo tivesse problemas, o outro poderia assumir a missão e não seria mais preciso depender dos veículos russos para o transporte espacial. Mesmo com atrasos durante o desenvolvimento, a SpaceX conseguiu lançar a Crew-1, a primeira missão totalmente operacional entre a empresa e a NASA, no ano passado, enquanto a nave Starliner, da Boeing, continua tendo seus primeiros voos adiados.

Já está tudo preparado para o lançamento da Crew-2, que deverá ocorrer em abril. Os astronautas da missão Crew-1 chegaram à estação com a cápsula Crew Dragon, e deverão voltar no fim de abril ou início de maio para dar lugar à tripulação da próxima missão. O problema é que, se houver algum problema que atrase o próximo voo da Crew Dragon, a cápsula na órbita pode precisar voltar antes do lançamento da Crew-2.

Se a Crew-1 tiver que voltar para a Terra antes do lançamento da próxima missão, a estação iria ficar somente com cosmonautas a bordo, o que não acontece desde 2000. Por outro lado, a cápsula Starliner, da Boeing, ainda está passando por testes, o que pareceu ter preocupado a agência espacial. Assim, realizar o lançamento com a nave Soyuz é uma forma de garantir a presença de astronautas norte-americanos na ISS, mesmo que uma nave e tripulação dos Estados Unidos sejam obrigados a partir fora do cronograma planejado.

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Desta vez, a ideia não é comprar e vender assentos como acontecia antes do programa atual, quando a agência espacial dependia da Rússia para o transporte espacial até a estação: de acordo com os gerentes da NASA, os dois países irão se acomodar entre os acordos para conseguirem manter a presença contínua das suas tripulações na ISS. Assim, a agência norte-americana reservou o assento por meio de um contrato feito com a Axiom Space e, em troca, deverá garantir uma vaga para um astronauta que não seja dos Estados Unidos, que ainda será selecionado pela empresa.

Fonte: SpaceflightNow, NASA, Space.com