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Zé do Caixão vai ganhar novo filme produzido por ator de O Senhor dos Anéis

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Outubro de 2021 às 15h40

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Reprodução/TV Brasil
Reprodução/TV Brasil

Um ícone do cinema brasileiro, o lendário Zé do Caixão vai ganhar nova vida nas telonas em dois projetos internacionais. E o primeiro deles virá direto de Hollywood pelas mãos da SpectreVision, produtora fundada pelo ator Elijah Wood, o Frodo de O Senhor dos Anéis, com foco justamente em filmes de terror e suspense.

O personagem é a mais famosa criação de José Mojica Marins, considerado o pai do cinena de terror do Brasil. Sua primeira aparição foi em 1964 no filme À Meia-Noite Levarei Sua Alma e, desde então, apareceu em nove filmes e várias outras produções, além de ter feito parte do imaginário nacional. Marins morreu em fevereiro de 2020 aos 83 anos e o Zé do Caixão se tornou o seu maior legado.

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Ainda não há detalhes exatos do que será esse projeto estadunidense. De acordo com a One Eyed Films, empresa britânica que detém os direitos da obra de Marins, a ideia é fazer um filme que seja mais acessível para a grande audiência e que atualize alguns dos conceitos que o cineasta brasileiro criou entre os anos 1960 e 1980. Assim, a proposta é apresentar o Zé do Caixão a novos públicos, mas ainda se mantendo fiel àquilo que os fãs do personagem já conhecem e esperam.

De acordo com o diretor Daniel Noah, um dos responsáveis pela SpectreVision, o Zé do Caixão é um personagem icônico e indelével e que, por essa razão, merece ser reimaginado para os nossos tempos. “Estamos ansiosos para criar formas que capturem o estilo sombrio de Marins para o nosso mundo moderno”, diz.

Versão mexicana

Além da adaptação hollywoodiana, Zé do Caixão também vai ganhar uma versão feita no México. Para isso, o diretor Lex Ortega e o roteirista Adrian Garcia Bogliano vão reimaginar o personagem com uma origem mexicana. 

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Segundo Betina Goldman, gerente da One Eyed Films, a adaptação para a cultura mexicana não deve ser algo complicado e nem vai representar grandes alterações no conceito original imaginado por Marins, uma vez que a cultura local tem muitas similaridades com a brasileira. Ela explica que é possível fazer essa migração a partir de analogias bastante próximas, que vão dar ao personagem uma abordagem mais atual, além de criar novas possibilidades de explorá-lo.

Isso tudo só mostra o quanto a obra de José Mojica Marins é icônica e o quanto o cineasta brasileiro é importante para a nossa história, indo muito além do homem de unhas compridas que aparecia em programas de auditório. Para o diretor de acervo da Arrow Films — empresa britânica que vai distribuir internacionalmente versões restauradas dos filmes do Zé do Caixão —, Kevin Lambert, os filmes do Zé do Caixão têm uma carga valiosa para toda a história do cinema de gênero e agora a gente vê isso ser reconhecido em outros países.

Fonte: ScreenDaily