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Social Comics amplia o mercado de quadrinhos no Brasil

Por| 06 de Dezembro de 2015 às 01h00

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Social Comics amplia o mercado de quadrinhos no Brasil
Social Comics amplia o mercado de quadrinhos no Brasil

A indústria dos quadrinhos não vive seus melhores dias faz muito tempo, mesmo com os super-heróis dominando a cultura pop. Conseguir manter as vendas da forma planejada é algo que até as grandes editoras americanas, Marvel Comics e DC Comics, têm dificuldades mensalmente.

No Brasil, o mercado tem diversas edições dos universos dos heróis publicadas pela Panini Comics, mas também há espaço para as Graphic Novels, publicações com história fechada e público-alvo adulto. Esse estilo de história em quadrinhos fez com que as criações de Mauricio de Sousa fossem recontadas pelos grandes artistas brasileiros e recebido clamor do público e da crítica. Turma da Mônica, Penadinho, Piteco, Louco e outros personagens já foram repaginados nos últimos anos com essa perspectiva mais madura.

Entretanto, não é apenas a forma de produzir que está em transformação, mas sim como consumir a nona arte. Enquanto nos Estados Unidos o Comixology, site para compra de gibis digitais, encaixou-se com sucesso no gosto dos leitores, o brasileiro ainda usa muitos scans feitos pelos próprios fãs, algo que é ilegal.

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Para tentar mudar esse panorama, a Social Comics, empresa brasileira que funciona como um plataforma de streaming de quadrinhos, amplia suas publicações com nomes de peso no seu sistema. Durante o painel da empresa na Comic Con Experience 2015, o gerente de marketing Marcelo Bouhid divulgou que obras como a premiada The Umbrella Academy, de Gerard Way e Gabriel Bá, e a famosa 300, de Frank Miller, são algumas das novidades na plataforma.

"O intuito do Social Comics é fazer com que o acesso às histórias em quadrinhos fique mais fácil, ganhe relevância e que a experiência seja agradável para o consumidor", afirma Bouhid. Além disso, a plataforma dá mais destaque ao artista independente, principalmente com a avaliação de portfólios para a inserção no sistema.

Entre as novidades, o gerente de marketing ressaltou conteúdo exclusivo em breve, adição das primeiras edições do Seninha, novos parceiros nacionais, inclusão da editora Dark Horse e parceria com a Mauricio de Sousa Produções, tanto com gibis clássicos da Turma da Mônica quanto as Graphic Novels da Graphic MSP.

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"A plataforma ainda pretende apresentar publicações de editoras não tão conhecidas, por exemplo, da Nova Zelândia, e levar ao público estrangeiro o que os nossos quadrinistas produzem por aqui", ressalta Bouhid. O serviço ainda conta com curadoria de conteúdo independente enviado pelos artistas e classificação etária - para evitar que as crianças acessem tramas com cenas violentas ou de sexo.

Para usar o Social Comics você cria uma conta que é paga mensalmente, assim tem acesso a todo o catálogo da plataforma, da mesma forma que o Netflix faz com filmes e séries. Esse consumo difere totalmente do Comixology, que vende edição por edição, assim tendo um custo muito maior para quem gosta de ler várias edições por mês.

Recentemente, o Grupo Omelete investiu 2 milhões de reais para ter participação no Social Comics, o que pode indicar ainda mais novidades na plataforma nos próximos meses,