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Seu smartphone pode ajudar a combater o Zika vírus

Por| 24 de Junho de 2016 às 20h00

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Seu smartphone pode ajudar a combater o Zika vírus
Seu smartphone pode ajudar a combater o Zika vírus

Você pode ajudar a encontrar uma fórmula capaz de combater o Zika Vírus enquanto joga Candy Crush no seu smartphone – e sem ter o menor conhecimento sobre compostos químicos. Parece loucura? Pois saiba que não é.

Isso será possível graças a uma iniciativa que visa criar uma plataforma que transforma dispositivos pessoais de voluntários – computadores, smartphones e tablets – em um supercomputador virtual capaz de processar milhões de dados.

O projeto OpenZika usa o World Community Grid, da IBM, e tem como objetivo identificar substâncias com potencial para tratar o vírus Zika em alguém que tenha sido infectado.

Voluntários que baixarem o aplicativo World Community Grid darão autorização para que pesquisadores executem cálculos em seus dispositivos, realizando experimentos virtuais em compostos que poderiam se tornar componentes na criação de uma droga antiviral para combater o vírus transmitido pelo mosquito.

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"Quando as pessoas ouvem falar sobre uma crise como esta [do Zika], elas querem fazer algo a respeito", disse Stanley LitowI, vice-presidente de cidadania corporativa da IBM. "Aqui está uma oportunidade para elas fazerem algo, e ainda continuarem conectadas."

Para contribuir com o OpenZika, faça seu cadastro no World Community Grid ou, se você já for um voluntário, certifique-se de que o projeto está selecionado na seção "Meus Projetos".

Como funciona

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O projeto terá como alvo proteínas que o vírus Zika provavelmente use para sobreviver e se espalhar no corpo, com base no que é conhecido a partir de doenças similares, tais como os vírus da dengue e da febre amarela. Para de desenvolver um fármaco anti-Zika, os pesquisadores necessitam identificar qual, entre milhões de compostos químicos, pode ser eficaz ao interferir nestas proteínas específicas.

A eficácia de cada composto será testada em experimentos virtuais, chamados de "cálculos de ancoragem ou docking molecular", realizados nos computadores e dispositivos Android dos voluntários do World Community Grid. Estes cálculos podem ajudar os pesquisadores a focar nos compostos com maior probabilidade de chegar a um medicamento antiviral.

"Contando com a ajuda dos voluntários do World Community Grid, teremos a possibilidade de avaliar computacionalmente mais de 20 milhões de compostos apenas na fase inicial (e, potencialmente, até 90 milhões de compostos em fases futuras). Assim, a execução do projeto OpenZika no World Community Grid nos permitirá expandir a escala do nosso projeto, e isso vai acelerar a taxa de obtenção de resultados em direção a uma droga antiviral para o Zika", explica a Dra. Carolina Horta Andrade, pesquisadora chefe do novo projeto OpenZika.

World Community Grid

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Lançado em 2004, o World Community Grid é uma iniciativa de autoria da IBM para criar o maior supercomputador público do mundo para realizar pesquisas científicas que beneficiem a humanidade. Ele utiliza o tempo ocioso de computadores pessoais para realizar projeções e cálculos, dividindo assim o imenso trabalho em milhares de computadores espalhados pelo mundo.

A ideia é basicamente a seguinte: se um computador está utilizando, por exemplo, apenas 70% da sua capacidade de processamento, o World Community Grid utiliza os 30% restantes e ajusta este percentual conforme a variação da capacidade ociosa do dispositivo. No entanto, também é possível configurar o sistema para que ele funcione apenas em modo de descanso de tela, fazendo com que os recursos da máquina sejam usados apenas quando ele estiver inativo.

Fontes: CNBC e World Community Grid