Porsche e Audi estarão na Fórmula 1 em 2026
Por Felipe Demartini | Editado por Jones Oliveira | 03 de Maio de 2022 às 14h10
A Fórmula 1 terá duas novas marcas participando das corridas a partir de 2026. Pelo menos foi isso o que afirmou o CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, ao revelar que Porsche e Audi devem entrar para a categoria a partir de 2026, confirmando rumores que circulavam desde o final de 2021 e atendendo aos anseios da Liberty, que é a atual dona da categoria.
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O caso da Porsche parece ser o mais garantido dos dois. De acordo com o executivo, a ideia seria repetir na Fórmula 1 uma parceria com a equipe Red Bull que já existe nas competições de rally. Seria uma união de longo prazo, que já estaria em estágio avançado de negociações e pode envolver o fornecimento de motores para a escuderia, uma possibilidade ainda não confirmada oficialmente.
Já a entrada da Audi seria mais agressiva, com a compra da tradicional equipe McLaren de Fórmula 1. De acordo com Diess, a empresa teria oferecido € 500 milhões, cerca de R$ 2,6 bilhões, para comprar o time, em um movimento cujo estado de negociações não foi confirmado oficialmente pelas partes.
As notícias devem agradar aos atuais dirigentes da categoria, que na última semana, ao anunciarem novos regulamentos para os próximos anos, falaram em trabalhar por uma Fórmula 1 com mais marcas e corridas mais parelhas. A redução na complexidade de motores, por exemplo, é vista como um caminho para isso, trazendo também mais competitividade para os bastidores das corridas, com novos fornecedores de unidades de potência e opções para as escuderias.
Já para a Volkswagen, seria mais uma maneira de divulgar a potência dos veículos e colocar a empresa em uma categoria que vem recebendo mais atenção a cada ano, com ingressos esgotados nos autódromos e cada vez mais audiência na televisão. Ajuda, também, o fato de a Porsche estar trabalhando para uma possível abertura de ações no mercado, no final deste ano, com o posicionamento de marcas premium na Fórmula 1 sendo um movimento que, na visão de Diess, traria mais lucros do que gastos no longo prazo.
Por enquanto, nenhuma das escuderias envolvidas nas supostas negociações se posicionou sobre o assunto. Como os trabalhos parecem ainda estar em andamento, nenhum anúncio oficial foi feito além da fala do próprio CEO da Volkswagen, que deixa pouco espaço para dúvidas.
Fonte: Motor1