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Pesquisa: Netflix tem pior custo-benefício, mas ainda é o principal streaming

Por| Editado por Jones Oliveira | 28 de Junho de 2022 às 19h00

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Dima Solomin/Unsplash
Dima Solomin/Unsplash

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que a relação de amor e ódio do público com a Netflix não é exclusividade dos brasileiros, mas algo presente também em outros mercados. De acordo com o levantamento feito pela Whip Media, apesar dos baixos índices de satisfação do usuário com o serviço e os valores cobrados, ninguém está disposto a abrir mão de sua assinatura.

Parece brincadeira, mas não é. O estudo mostrou que, em uma lista contendo nove serviços de streaming disponíveis no país, a Netflix ocupa a última colocação no critério custo-benefício. Ao todo, 62% dos 2460 entrevistados disseram estar satisfeitos com o valor do serviço — uma porcentagem que a deixa atrás de rivais como Apple TV+, Paramount + e Prime Video.

Nesse critério, HBO Max e Disney+ lideram. O streaming da Warner Media tem 85% de aprovação, enquanto o serviço do grupo Disney vem na sequência com 83%.

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No entanto, essa insatisfação com os valores parece não ser o suficiente para fazer o pessoal largar a Netflix. Na verdade, o que a pesquisa descobriu é que o público ainda considera a plataforma essencial e que, caso o usuário precisasse escolher uma única empresa, seria ela.

De acordo com a Whip Media, 31% dos assinantes manteriam a Netflix nessas condições contra 19% da HBO Max — ou seja, uma diferença considerável que mostra o quanto, apesar de tudo, o lar de Stranger Things e Bridgerton ainda está bem consolidado no mercado.

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Essa diferença nos índices ajuda a explicar todo o movimento da própria Netflix para encontrar novos modelos de assinatura para manter seus assinantes ao mesmo tempo em que busca atrair novos. Isso porque, apesar de os valores pesarem no bolso do usuário a ponto de muita gente achar que não vale mais a pena, a visão geral do consumidor segue sendo de que a empresa é o grande nome no setor de streaming — e nem mesmo o crescimento de HBO Max e Disney+ parecem ameaçar isso.

Por isso mesmo, a Netflix já estuda disponibilizar planos de assinaturas mais econômicos e com oferta de publicidade para contornar o problema do custo-benefício — uma decisão que veio na sequência do anúncio da queda inédita de assinantes. A expectativa é que a nova modalidade seja disponibilizada nos Estados Unidos até o fim do ano, ainda que os valores não tenham sido revelados.

Rivalidade incômoda

Os dados da pesquisa realizada Whip Media trazem ainda alguns outros números que preocupam a Netflix e ajudam a fundamentar a decisão de ofertar planos mais econômicos. Exemplo disso é a própria queda no índice de pessoas que manteriam o serviço caso tivessem que manter apenas um streaming.

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Ainda que a plataforma lidere o ranking, os números apresentam uma queda significativa em comparação com o ano passado. Como dito, em 2022, 31% dos entrevistados disseram que manteriam apenas a Netflix e esse índice é dez pontos menor do que o obtido em 2021.

Por outro lado, o número de pessoas que disseram que manteriam a HBO Max ou o Disney+ cresceu. No caso do serviço da Warner Media, que ocupa a segunda colocação, o índice foi de 13% em 2021 para 19% neste ano. No caso da Disney, o crescimento foi de cinco pontos, indo de 9% para 14%.