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Ofertas de sinal aberto na TV paga já têm data para acabar

Por| 29 de Abril de 2020 às 10h53

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Getty
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Durante o último mês e meio, diversos canais de TV por assinatura passaram a oferecer o chamado “Sinal Aberto”, quando a programação premium é temporariamente liberada, sem custo, para assinantes de planos mais básicos. A ideia era oferecer opções mais amplas e variadas de entretenimento durante o isolamento social imposto por governos durante a pandemia da COVID-19.

Desde o início, porém, sabia-se que isso não seria uma prática permanente e, segundo a coluna do jornalista Ricardo Feltrin, no UOL, o que é bom não só dura pouco, mas já tem data para acabar: a partir das 23h59 do dia 10 de maio, toda a programação premium dos canais de TV a cabo voltará a ser restrita ao plano contratado pelo assinante.

Vale citar, ainda, que a referida data é o prazo “máximo” para corte, mas alguns canais já se adiantaram e fecharam seus serviços, como é o caso da rede Telecine e HBO. O canal para maiores de 18 anos Sexy Hot, também da Globosat, é outro que já fechou a sua programação, que em condições normais é adquirida apenas via pay per view.

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Altos e baixos?

O setor de TV por assinatura teve um respiro recente no ganho de audiência — algo atribuído ao isolamento social, com mais pessoas querendo ver mais coisas na TV. Segundo um estudo recente conduzido pelo site Melhor Plano, em dois períodos distintos (26 de fevereiro a 13 de março e 14 a 30 de março), a procura por serviços de assinatura (o que inclui TV) e ampliação de planos banda larga aumentaram em 36%, enquanto TV pré-paga aumentou em 32%.

Na mesma toada, plataformas de streaming e vídeo sob demanda, como Netflix, também registraram aumento, ao passo que “Como aumentar a Velocidade da Internet” foi um dos termos mais procurados, com alta de 400% no volume de buscas.

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Entretanto, tudo indica que esse aumento seja algo especificamente ligado ao isolamento social da quarentena, e o ritmo pode voltar a cair quando a pandemia passar. Antes da COVID-19 assolar o planeta, o mercado de TV por assinaturas vinha apresentando repetidas quedas e médias abaixo do esperado desde a final da Copa do Mundo de 2014 — segundo Feltrin, naquela ocasião, o total de assinantes do setor chegava a 20 milhões, sendo que hoje está pouco acima de 15 milhões.

Grande parte dessa queda é atribuída ao avanço das plataformas de video on demand. Entretanto, muitos usuários também se valem da pirataria de sinal, comumente comprando set top boxes — pequenos aparelhos que “roubam” a sintonização de canais pagos e outros produtos do gênero — e são comumente oferecidos em ofertas pelas redes sociais.

Fonte: Ricardo Feltrin