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10 filmes premiados para assistir no Amazon Prime Video

Por| 30 de Março de 2020 às 11h50

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Paris Filmes
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Em qualquer momento, assistir a bons filmes pode ser uma boa pedida. Pensando nisso, o Canaltech preparou uma lista com alguns dos filmes mais premiados disponíveis no Prime Video. A ideia também foi indicar para muitos gostos diferentes, tanto para assistir quanto para reassistir. Isso, claro, sem a menor pretensão de criar algo exato, definitivo ou qualquer coisa do tipo. Os filmes citados e brevemente resenhados mais abaixo servem somente como indicações para quem não os assistiu ou para quem gostaria de reassisti-los. Toda a apreciação, ainda, depende de questões subjetivas do imaginário e, claro, do gosto pessoal (até por isso a lista é bem diversa).

Sem mais demora e, como sempre, dentro de uma abordagem sem verdades absolutas, vamos à lista de 10 filmes premiados para assistir no Amazon Prime Video – a disposição só não é aleatória porque está em ordem alfabética (desconsiderando os artigos).

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10. O Bebê de Rosemary

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Separar o homem de sua obra às vezes é necessário. Talvez porque a obra-em-si tenha vida própria e a moral ou a vida dela exista a partir do momento de contato com o espectador. Nesse sentido, Roman Polanski pode ser considerado um sujeito inversamente esquecível aos seus trabalhos. O Bebê de Rosemary, por exemplo, é uma obra-prima.

Roger Ebert, em sua crítica publicada quando do lançamento, escreveu algo de uma força brutal para a solidificação do filme. Ele disse (em tradução livre): “Polanski tomou uma situação muito difícil e a tornou crível até o fim. Nesse sentido, ele até supera Hitchcock. Tanto O Bebê de Rosemary quanto o clássico Suspeita (de Hitchcock, 1941) são sobre esposas profundamente apaixonadas que são gradualmente forçadas a suspeitar das coisas mais sinistras e improváveis de seus maridos".

  • O Bebê de Rosemary venceu um Oscar (Melhor Atriz Coadjuvante) e foi indicado a Melhor Roteiro Adaptado. Venceu mais 10 premiações. Foi indicado a outros 12 prêmios.
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9. A Bruxa de Blair

Em A Bruxa de Blair, gradativamente, enquanto o medo e o desespero crescem nos personagens, as personalidades deles surgem. Numa época em que as técnicas digitais podem nos mostrar quase tudo, o filme é um lembrete de que o que realmente nos assusta são as coisas que não podemos ver: qualquer barulho que escutamos com as luzes apagadas pode ser mais assustador do que aquilo que está fazendo o ruído.

E o visual de falso documentário por meio da realização de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez (ambos estreando como roteiristas e diretores de cinema) não é apenas técnica. Há um jogo de causa e efeito que diz muito sobre sensações. Esfriando a paleta de cores em meio à floresta, a idealização de Myrick e Sánchez ganha vida própria, fazendo a floresta parecer hostil e desolada: a natureza como esconderijo para os segredos mais assustadores.

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  • A Bruxa de Blair venceu 19 prêmios e foi indicado a outros 26.

8. Capitão América 2: O Soldado Invernal

Capitão América 2: O Soldado Invernal talvez seja o filme do Universo Cinematográfico Marvel com uma das histórias mais instigantes e relevantes. E sem perder as características do próprio universo (as piadas pontuais e a ação típica continuam bem presentes). Se, para mim, Joss Whedon desempenhou um papel significativo na direção de Os Vingadores - The Avengers (de 2012), os roteiristas deste em questão (Christopher Markus e Stephen McFeely) e a direção consciente dos irmãos Anthony e Joe Russo fizeram o que poderiam fazer de melhor para dar mais seriedade ao UCM sem sair do universo preconcebido .

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  • Capitão América 2: O Soldado Invernal foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais. Venceu cinco premiações. Foi indicado a outros 50 prêmios.

7. Ela

Ela me faz despertar sentidos muito particulares. Algo que também expus na crítica. O que há de mais genuíno no filme de Spike Jonze não é todo um questionamento sobre como se dão as relações contemporâneas; é a sensibilidade dele (de Jonze) e da equipe ao vestir tudo com muita simplicidade. Parece ser um daqueles filmes que crescem nas revisitas. Talvez seja porque ele extrai muito do que há de bom em nós, talvez seja pela dita simplicidade com a qual o roteirista e diretor trabalha conceitos e sentimentos complexos como o amor.

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Leia também:Crítica | Ela, com simplicidade, procura dizer o que é o amor

  • Ela venceu um Oscar (Melhor Roteiro Original) e foi indicado a Melhor Filme, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original e Melhor Direção de Arte. Venceu mais 81 premiações. Foi indicado a outros 184 prêmios.

6. Expresso do Amanhã

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Se a luta de classes não é tão clara para você na filmografia de Bong Joon Ho, nem mesmo em Parasita, Expresso do Amanhã só não deixa isso mais claro porque não tem como. Nesse sentido, este filme de 2013, que é dirigido pelo sul-coreano vencedor do Oscar 2020, é assustador por ser uma espécie de metáfora do que, na prática, acontece em um nível bem complicado no mundo real. Além disso, Joon Ho parece ligeiramente consternado com toda a situação, transformando Snowpiercer (no original e como está exposto no Amazon Prime Video) em seu filme mais graficamente pesado.

O filme ainda conta com Chris Evans em uma de suas melhores atuações, o lendário John Hurt, Jamie Bell e Octavia Spencer – fora a participação assustadoramente tosca de Tilda Swinton, a seriedade de Kang-ho Song (sempre presente nas obras de Joon Ho) e outro ator de peso que, caso você não tenha assistido, citá-lo pode funcionar como spoiler.

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  • Expresso do Amanhã venceu 33 premiações e foi indicado a outros 104 prêmios.
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5. Extraordinário

É verdade que se trata de um filme extremamente sentimental. A direção de Stephen Chbosky acelera o bem-estar do espectador com um clímax cheio de aplausos e no lugar mais clichê possível: uma assembleia escolar. Mas a conclusão de Extraordinário é válida por causa do caminho que ele percorre.

O filme se sai tão bem por tanto tempo que seu encerramento é totalmente perdoável. Lembro de ter conversado sobre o filme com uma turma de cinema formada por crianças de sete e oito anos de idade. Uma delas deu um depoimento que me fez colocar o filme entre um dos mais importantes para o público infantil dos últimos 10 anos. Ela disse que havia achado Auggie (Jacob Tremblay), o protagonista, estranho, mas aos poucos foi percebendo que ele era igual a todo mundo e, no fim, queria ser amiga dele.

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Às vezes, essa força transformadora é muito necessária a um filme – ainda mais um que tem esse público e que, de repente, sobrevive como cinema justamente por sua penetração social. Um filme lindo que vale ser assistido com o olhar puro, com a ingenuidade de uma criança.

  • Extraordinário foi indicado a um Oscar (Melhor Maquiagem e Penteado). Venceu quatro premiações. Foi indicado a outros 26 prêmios.

4. O Lobo de Wall Street

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A comédia aqui não é apenas verbal, é especialmente física. Leonardo DiCaprio, nesse departamento, tem uma atuação praticamente incontestável. Além disso, a direção de Martin Scorsese revigora o cinema com todo o seu conhecimento de linguagem. O que ele faz na construção visual de O Lobo de Wall Street é algo que somente um gênio poderia. É um filme longo de fato: são três horas de duração. Mas a montagem de Thelma Schoonmaker – parceira habitual do diretor – faz o resultado ser acelerado e com uma perfeição rítmica fora do comum. É um filmaço!

Leia também:Crítica | O Irlandês é uma obra-prima sobre a vitória do fim

  • O Lobo de Wall Street foi indicado a cinco Oscars: Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Filme. Venceu 38 premiações. Foi indicado a outros 172 prêmios.
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3. Precisamos Falar Sobre o Kevin

Traçando um anagrama cruel que embaralha a vida de uma mulher (Tilda Swinton) que abre mão dos seus desejos (pessoais e profissionais) para fazer o que é eticamente (?) correto (o que já deve fazer com que parte do público se importe com aquela personagem e se entregue à história) com a vida de vizinha indesejada (por motivos não aparentes), esposa e mãe (e, aqui, provavelmente, todos os espectadores já foram submersos na trama), a diretora e corroteirista Lynne Ramsey foge da trama comum de um suspense (com seus traços lineares de crescente curiosidade) para criar um medo intenso e uma sensação de urgência que, positivamente, rompe e, ao mesmo tempo, cauteriza qualquer tensão.

  • Precisamos Falar Sobre o Kevin venceu 26 premiações e foi indicado a outros 65 prêmios.

2. Suspíria: A Dança do Medo

Remake de um clássico de 1977 (dirigido por Dario Argento), Suspíria: A Dança do Medo (original Amazon) não é exatamente uma refilmagem, é uma releitura ou, como sugeriu Igor Gomes (da ACCiRN): um reboot. Gomes escreveu: "Um dos maiores pontos positivos do reboot do clássico giallo é a maneira como o diretor [Luca Guadagnino, de Me Chame Pelo Seu Nome] coloca a dança contemporânea como um elemento mágico. Se no original esse elemento não foi tão bem explorado de maneira visual, o novo o propõe desde o início, explicitando a importância da dança dentro daquele covil de bruxas (se assim podemos chamar) e sendo parte fundamental dos ritos".

  • Suspíria: A Dança do Medo venceu 24 premiações. Foi indicado a outros 67 prêmios.

1. Toy Story 4

Talvez seja um filme com uma das críticas mais pessoais que já escrevi. Mas continuo com a impressão de que o filme pede por essa exposição particular. É uma bomba emocional que parece ter consciência de preparar o espectador para o fim. Espectador que, se não tiver a dor dispersada durante mais de uma hora e meia, talvez não esteja preparado para o fim.

Leia também:Crítica | Toy Story 4: "Os seus problemas são meus também"

  • Toy Story 4 venceu um Oscar (Melhor Animação de Longa-Metragem) e outras 49 premiações. Foi indicado a mais 53 prêmios.

Agora, ficam aí os comentários para que, em um momento tão delicado, possamos trocar indicações e ir criando uma corrente de filmes cada vez maior. Tenho certeza que vocês podem complementar e enriquecer tudo. Vamos conversando, debatendo...

É isso. Fiquem em casa, lavem as mãos, limpem os celulares, evitem levar as mãos ao rosto, cuidem-se e... bons e ruins filmes para nós!