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Estudante brasileira de 16 anos é finalista em feira de ciências do Google

Por| 19 de Agosto de 2016 às 09h10

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A estudante paranaense Maria Vitória Valoto, de apenas 16 anos, é uma das finalistas da feira de ciências do Google, a Science Fair. E a jovem chega à final do concurso com um projeto inovador: cápsulas reutilizáveis para ajudar pessoas com intolerância a lactose a ingerir alimentos à base de leite e derivados. É a primeira vez que uma estudante brasileira participa da cerimônia de entrega de prêmios aos vencedores.

Intitulada "Leite sem lactose para todos", a cápsula tem a enzima lactase, responsável por neutralizar o elemento. Os compartimentos devem ser colocados em um recipiente com leite em baixas temperaturas (de até 37º graus Celsius), que então pode ser consumido após quatro e cinco horas após o início do processo que remove a lactose do alimento. A técnica desenvolvida por Maria Vitória serve para vários tipos de leite, incluindo os de baixo teor de gordura e leite integral. Além disso, a mesma cápsula pode ser reutilizada por até sete dias, sem comprometer seu funcionamento.

Segundo a jovem, que atualmente cursa o ensino médio em Londrina, no Paraná, o interesse pela ciência foi estimulado dentro da própria escola, que tem iniciação científica como uma das principais disciplinas. O tema envolvendo a lactose surgiu em especial por causa do pai da garota, que sofre de intolerância. Foi aí que ela começou a trabalhar no projeto, que levou seis meses para ficar pronto e continua sendo aperfeiçoado com o auxílio de professores.

"Quando comecei a desenvolver o projeto científico queria algo que tivesse impacto social legal, que fizesse a diferença. Eu via meu pai dentro de casa e fui pesquisar quantas pessoas têm intolerância. Vi que o problema existe na casa de milhares de pessoas e que eu poderia ajudar a muita gente", conta a estudante do 2° ano do ensino médio do Colégio Interativa.

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Para Maria Vitória, as cápsulas reutilizáveis não se destacam apenas pela praticidade, mas também pelo baixo custo de fabricação. Atualmente, existem poucos medicamentos para uso direto no leite, e alimentos sem lactose não são acessíveis para toda a população porque são muito caros.

"Com o projeto, amadureci bastante, não tinha noção do que queria fazer na faculdade e agora tenho noção de que quero trabalhar na área da saúde, quero fazer farmácia. E aprendi a lidar com frustrações - isso a gente aprende com a iniciação científica", afirmou. Ela também acredita que o incentivo à iniciação científica já nas escolas é fundamental para jovens que querem fazer a diferença, pois isso ajudaria a fazer do Brasil um país melhor.

A final da Google Science Fair acontecerá em 27 de setembro, nos Estados Unidos. Maria Vitória concorre com estudantes dos EUA, África do Sul, Índia, Singapura, Zâmbia, Malásia, Bangladesh e Arábia Saudita. O vencedor será premiado com uma bolsa de estudos no valor de US$ 50 mil. Neste link você pode conhecer mais detalhes do projeto de Maria Vitória e dos outros finalistas.

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Fontes: UOL, Gizmodo