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Cientistas criam mapa 3D do universo com mais de 1,2 milhão de galáxias

Por| 18 de Julho de 2016 às 06h10

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Daniel Eisenstein/SDSS
Daniel Eisenstein/SDSS

Que o universo é grande, não é nenhuma novidade. Muitos acreditam que ele seja infinito, enquanto outros creem que ele seja, na verdade, apenas um membro de um grupo de inúmeros universos paralelos – o chamado multiverso. Apesar dessa questão ainda não ter uma resposta conclusiva, cientistas vêm se esforçado para mapear o universo conhecido e, pelas mãos dos pesquisadores do Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS), fizeram um mapa que mostra o número incrível de 1,2 milhão de galáxias.

Esse número é um novo recorde para os astrônomos, e essa nova construção em três dimensões do nosso universo fornece evidências de que uma substância ainda misteriosa chamada energia escura esteja causando a expansão do espaço em velocidade crescente. O mapa cobre uma área de 650 bilhões de anos-luz cúbicos e, para seu desenvolvimento, foi necessário unir as forças do trabalho de centenas de cientistas do BOSS – um programa que faz parte do Sloan Digital Sky Survey III (SDSS-III), que mede níveis de radiação e ondas sonoras deixadas após o Big Bang.

O novo mapa do universo em três dimensões (Reprodução: Daniel Eisenstein/SDSS)

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Mas para que serve esse tipo de mapa? Bom, além de ser uma imagem belíssima do universo em que vivemos, ele é atualmente a medição mais precisa já feita pelos cientistas da expansão do universo, confirmando a teoria defendida por uma parcela dos astrofísicos que diz que a energia escura é a causa da expansão – enquanto outros especialistas afirmam que o universo não estaria se expandindo, mas sim encolhendo.

O mapa contém 48.471 galáxias, número que representa cerca de 3% do que o BOSS vem estudando, já que é estimado que existam cerca de 100 bilhões de galáxias em todo o universo. E as cores da imagem não são as verdadeiras de cada galáxia: no mapa, os objetos amarelos são os mais próximos da Terra, enquanto os roxos e avermelhados representam os mais distantes. Já as marcas cinzas são regiões sobre as quais não existem dados.

Uma fatia do mapa mostrada em outros ângulos (Reprodução: Jeremy Tinker/SDSS)

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A criação do pessoal do BOSS mostra, ainda, que a energia escura é consistente com a constante cosmológica de Einstein, com uma margem de erro de apenas 5%. Esse mapa também está totalmente de acordo com o modelo cosmológico padrão (em que o universo contém uma constante cosmológica), então servirá para reforçar ainda mais essa teoria na comunidade científica.

Fonte: SDSS