Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

10 vezes em que a indústria pornô contribuiu para o avanço tecnológico

Por| 31 de Agosto de 2016 às 10h26

Link copiado!

Divulgação
Divulgação

Talvez você não consuma pornografia online ou offline, mas provavelmente já teve contato com algo que foi impulsionado e até se tornou um padrão com a ajuda da indústria pornô. Isso porque muitos itens cotidianos da nossa vida tecnológica surgiram ou foram fortemente impulsionados pelo desejo humano de ver outras pessoas nuas e/ou fazendo sexo.

Provavelmente, o caso mais famoso e evidente seja o surgimento do e-commerce durante os anos 1990, quando Danni Ashe lançou um site no qual as pessoas pagavam para ter acesso a conteúdo erótico. Nascia ali o primeiro site de vendas do mundo, que foi por algum tempo também o domínio mais popular da ainda incipiente web, chegando a faturar US$ 8 milhões por ano.

Mas nem só disso vivem as contribuições da pornografia para o mundo da tecnologia, dentro e fora da internet. Então, confira 10 vezes em que a indústria do pornô serviu para ajudar no desenvolvimento tecnológico do planeta.

1. E-commerce e pagamentos online

Continua após a publicidade

Vamos começar pelo exemplo clássico. Os anos 1990 trouxeram duas revoluções para o mundo da internet, além da proliferação da rede como um todo: o comércio virtual e os pagamentos online — e ambos têm a ver com a pornografia. Em 1995, a atriz pornô e ex-stripper Danni Ashe lança o site Danni’s Web Drive, no qual as pessoas pagavam para ter acesso ao material produzido por ela. Esta é comumente creditada como a primeira loja virtual do mundo, o que é bastante provável.

Outra novidade da década de 1990 é o sistema Electronic Card Systems, desenvolvido por Richard Gordon e pioneiro no ramo dos pagamentos online. E para que você acha que Gordon criou esta plataforma? Isso mesmo, para facilitar a venda de pornografia online. Foi a partir daí que sistemas mais modernos e seguros de transações virtuais foram surgindo.

2. Redes sociais

Se estabelecermos uma linha do tempo das redes sociais, em algum lugar do passado de serviços como Facebook, Twitter e Instagram será possível encontrar os Bulletin Board Systems (BBS). Populares durante os anos 90, eles eram repletos de pessoas produzindo e negociando pornografia, gerando renda para muita gente e impulsionando a proliferação da web a fim de ter acesso facilitado a conteúdos eróticos.

Continua após a publicidade

3. Streaming de vídeo

Se você adora a praticidade de usar o controle remoto da sua smart TV ou o seu smartphone para ver Netflix, YouTube e outros serviços de streaming de vídeo, mais uma vez você deve agradecer à pornografia. Outra filha dos anos 1990, esta tecnologia teve seu pontapé inicial em 1994, quando a companhia de pornografia holandesa Red Light District lançou na internet a primeira plataforma de streaming de vídeo do mundo.

Popular hoje em dia, streaming de vídeos nasceu no mundo da pornografia. (Foto: Divulgação/Netflix)

Continua após a publicidade

4. Banda larga

Se o mundo se acostumou a buscar o desenvolvimento de velocidades cada vez maiores de conexão com a internet, a pornografia também fez parte disso. A demanda cada vez maior por conteúdo sexual, combinado com a oferta sempre abundante, foi um bom catalisador para que a infraestrutura de internet fosse se fortalecendo e se desenvolvendo cada vez mais.

A grande prova disso foi quando a Penthouse, famosa revista pornográfica dos Estados Unidos, começou a distribuir modens melhores para os seus consumidores a fim de fortalecer o seu conteúdo online.

5. Webcam e interações online

Continua após a publicidade

As câmeras acopladas aos desktops ou embutidas em um notebook não são mais o suprassumo da comunicação agora que os smartphones dominaram o mundo, mas elas já tiveram o seu momento de glória e ainda são muito úteis para muita gente. De qualquer forma, até relativamente pouco tempo atrás, os únicos sites que apresentavam suporte para elas eram os pornográficos, nos quais os próprios participantes interagiam em videochamadas eróticas com outras pessoas.

Junto das transmissões em vídeo pela internet vieram também as primeiras plataformas interativas, que permitiam ao espectador fazer contato com a estrela de uma exibição. E é claro que isso começou com a pornografia, ditando uma tendência que se tornaria básica nos dias de hoje, com as principais plataformas da web oferecendo serviços de transmissões interativas de vídeo em tempo real.

6. Privacidade

Quando o Google Chrome implementou uma função igual à do Safari e permitia navegar na web sem deixar rastros locais, este modo de utilização ficou conhecido como “porn mode”. Pois é, obviamente que os desenvolvedores jamais afirmaram que esta função servia aos consumidores de conteúdo erótico (que não precisariam mais se preocupar em apagar o histórico de navegação após o uso), mas o público entendeu bem a mensagem e deu logo o nome aos bois.

Continua após a publicidade

O Firefox, pioneiro quando o assunto é suporte a complementos, já contava com várias opções para manter tudo em segredo, como extensões que ocultavam abas ou alteravam títulos e favicon de páginas, tudo para garantir que ninguém bisbilhotaria aquilo que você acessa em seu navegador.

Mais recentemente, podemos incluir na lista das contribuições da pornografia para a privacidade online ferramentas como o Snapchat e os seus conteúdos que somem após alguns segundos, e também o modo de conversas privadas do Telegram. Em ambos os casos, os participantes de uma conversa são notificados quando um usuário faz um print da tela.

7. Sistemas domésticos de vídeo

Ver um filme no cinema é uma experiência única. Tela grande, som de qualidade, poltronas quase sempre confortáveis, pipoca, luzes apropriadas e por aí vai. Mas, de modo geral, a pornografia não é um gênero cinematográfico feito para ser consumido em público, dentro de uma sala de cinema, e esse foi um dos ingredientes que colaborou para a proliferação dos sistemas domésticos de vídeo.

Continua após a publicidade

A pornografia ajudou a estabelecer tecnologias caseiras de vídeo, como o VHS. (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

O VHS, formato desenvolvido pela JVC, derrotou o Betamax, da Sony, e tornou-se o primeiro padrão do gênero — e a pornografia tem parte nisso, afinal a indústria adotou o formato logo em sua fase inicial, ajudando a pesar a balança para o seu lado. Posteriormente, quando os DVDs e depois os formatos de alta definição começaram a surgir, o pornô também foi útil para definir quais padrões seriam mais ou menos aceito.

8. Otimização de tráfego e publicidade

Continua após a publicidade

Se hoje o mundo convive com sistemas de publicidade virtual modernos e onipresentes, eles também são a evolução natural de algo que começou no mundo da pornografia. Desde que os sites eróticos começaram a surgir, muitas páginas conversavam entre si e criavam uma espécie de rede a fim de compartilhar a sua audiência.

Até mesmo os sites pagos deram início a algo comum nos dias de hoje, tentando realizar a fidelização de seus clientes enviando e-mails após o encerramento de uma assinatura. Enfim, os sistemas que hoje se baseiam em inteligência artificial, aprendizagem profunda e outras técnicas avançadas surgiram a partir de práticas orgânicas e nada automáticas do mundo pornô.

9. Internet e web

Bem, se falamos em streaming, banda larga, privacidade, otimização de tráfego, lojas virtuais, transações comerciais online e publicidade na web, não há como negar que a pornografia foi, de fato, crucial para o estabelecimento e também para o desenvolvimento não só da internet (a parte da infraestrutura) quanto da web (a parte de conteúdo). De uma forma ou de outra, elementos básicos do mundo online virtual receberam contribuições pesadas da pornografia.

Continua após a publicidade

10. Imprensa

Talvez a primeira grande contribuição da pornografia para a tecnologia. Quando Johannes Gutenberg inventou a imprensa no século 15, tornando o processo de criação de materiais impresso algo muito mais simples e barato, ele permitiu também que a literatura pornográfica fosse popularizada.

Prova disso é que uma das obras mais importantes da língua inglesa, Os Contos de Canterbury, escritos por Geoffrey Chauces a partir de 1387, tornaram-se ainda mais populares na época graças à facilidade com que eram impressos e distribuídos. O material é repleto de conteúdo erótico e ajudou de forma consistente a impulsionar uma tecnologia primordial para a humanidade.

E o Futuro?

Continua após a publicidade

Ainda não dá para cravar em que pé estarão daqui a uns anos algumas das tecnologias mais emergentes de hoje, mas é óbvio que muitas delas continuarão sendo impulsionadas pela pornografia. Por exemplo:

  • Chatbots – Os chats nos quais seres humanos interagem com robôs estão se tornando mais populares. Com a proliferação dos assistentes pessoais virtuais, como Cortana, Siri e Google Now, as salas de conversa na qual você pede algo para um robô tem um potencial enorme quando levamos isso para o âmbito da pornografia. Sem dúvida, em breve alguns serviços do gênero devem ajudar a alavancar este método;
  • Realidade Virtual – Muita gente fala que a RV é o futuro dos jogos, porém, há quem diga que é a no mundo da pornografia que a RV deve se estabelecer de fato. Há várias iniciativas do gênero e também não é difícil imaginar uma versão futurista daqueles cinemas eróticos agora equipados com headsets de realidade virtual ou mesmo uma coisa mais caseira, com camgirls se exibindo virtualmente e de maneira bem imersiva diante dos seus olhos;

Pornografia pode ajudar a estabelecer o formato de realidade virtual. (Foto: Divulgação/Naughty America)

Continua após a publicidade
  • Interações táteis – A chamada tecnologia háptica, ou seja, tecnologia tátil, é talvez a cereja do bolo nesse mundo de interação via internet — e é óbvio que a pornografia tem capacidade de ajudar a impulsioná-la. Apenas imagine que ela pode ser usada para que duas pessoas distantes possam “se tocar” virtualmente, sejam elas namorados que moram longe ou um cliente em contato com uma moça que se exibe pela webcam. O potencial é gigantesco;
  • Robôs – Outro âmbito que a pornografia já começa a entrar é o da robótica. Talvez não chegamos a ver um michê cibernético como no filme I.A. – Inteligência Artificial, mas é bem provável que as bonecas infláveis sejam substituídas no futuro por robôs muito mais semelhantes a um ser humano de verdade, inclusive com capacidade de interação.

E aí, como você acha que a pornografia pode auxiliar no desenvolvimento tecnológico do mundo do amanhã? Deixe a sua opinião aí nos comentários.