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10 mentiras sobre a tecnologia que o cinema e a TV adoram contar

Por| 06 de Julho de 2015 às 09h16

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10 mentiras sobre a tecnologia que o cinema e a TV adoram contar
10 mentiras sobre a tecnologia que o cinema e a TV adoram contar

Ainda que o cinema e a TV adorem a tecnologia, eles ainda se aproveitam de uma aura quase mística criada em torno do assunto. São pequenos clichês aqui e ali que são usados exatamente para fins de roteiro, mas que se distanciam muito do que é a realidade.

Basta ver a figura do hacker, que é quase sempre retratado como um mago da computação. Seja em filmes ou mesmo em séries, ele é capaz de invadir qualquer sistema a partir de um computador comum sem qualquer complicação — mesmo que qualquer pessoa saiba que, na verdade, as coisas são bem diferentes disso. Faz parte da mágica da ficção e, por falta de opções, a gente acaba comprando a ideia.

No entanto, há momentos em que a suspensão de descrença vai ao limite e ultrapassa o nível do aceitável. E, para lembrar algumas dessas pérolas, listamos alguns dos maiores exageros que o cinema e a TV já nos ofereceram em termos de tecnologia. Pegue a pipoca, o suco de maracujá e se prepare para ver as maiores ofensas aos computadores que Hollywood já produziu.

O dia em que a Apple salvou o mundo

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Um dos maiores clássicos da Sessão da Tarde, Independence Day é um exagero por si só. Seja com aliens invadindo a Terra com naves colossais, com o presidente Bill Pullman pilotando um caça ou com Will Smith socando um ET, tudo ali era muito mais do que precisava ser — e isso é o que torna tudo divertido. No entanto, há limite para tudo nesse mundo e, aparentemente, em outros também.

Para acabar com a invasão, os humanos têm uma ideia genial: enviar um vírus de computador da nave-mãe que, de alguma forma, ia acabar com todas as ameaças que vinham em direção ao nosso planeta. E, como se isso não fosse absurdo o suficiente, eles fazem isso tudo a partir de um antigo Macintosh Powerbook 5300.

Tudo isso é absurdamente surreal. Como se não bastasse um computador doméstico ser capaz de salvar o planeta, isso significa que os aliens tinham uma tecnologia muito semelhante à nossa e que, ainda assim, a NASA foi incapaz de fazer qualquer coisa para identificar sua chegada.

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O zoom mágico

Esse é um ponto que, assim como os hackers todo-poderosos, já virou um clássico da ficção. Afinal, quantas vezes você viu em filmes e em séries aquele zoom em uma foto ou vídeo capaz de revelar até mesmo o menor dos detalhes?

Isso já virou piada várias vezes, principalmente no início dos anos 2000 com o sucesso de programas como CSI. No seriado, os investigadores conseguiam identificar detalhes de um criminoso a partir do reflexo da sombra de uma pessoa sobre a curvatura de um objeto metalizado à noite — além de outras situações mais absurdas.

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No entanto, qualquer pessoa que tem o mínimo de noção de imagens digitais sabe que esses zooms absurdos revelam, no máximo, um borrão de pixels no qual é impossível fazer distinção de objetos e muito menos encontrar segredos ocultos. É claro que fotos de alta resolução chegam perto do que a ficção propõe, mas não da mesma maneira. E, falando de câmeras de segurança em que já é impossível ver qualquer coisa mesmo na resolução básica, muito menos.

A magia holográfica

A ficção científica adora usar hologramas, principalmente retratando essa tecnologia como o próximo salta das telecomunicações. Afinal, você não apenas fala com alguém, mas também o enxerga e, de certo modo, interage com a sua imagem. O único problema é que isso não faz o menor sentido.

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Ainda que muitas empresas estejam tentando recriar esse conceito, a forma como o cinema sempre nos apresentou a holografia é muito diferente do que é possível na realidade. E o principal ponto é que é impossível projetar imagens no nada. Sabe quando o R2-D2 exibe uma pequena réplica da Princesa Leia em Star Wars? Pois ele jamais conseguiria fazer isso apenas no ar, sem uma espécie de suporte ou base para que as imagens sejam exibidas. Caso contrário, a luz emitida apenas seguiria seu caminho.

Os mistérios do teletransporte

Ainda que a série Star Trek tenha se baseado em muitos conceitos científicos reais para criar seu universo, não há como evitar alguns exageros para representar o futuro daquela forma. E o mais significativo deles é exatamente o modo como o teletransporte funciona.

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Vários pesquisadores já tentaram chegar perto dessa ideia, mas a Física não permite por uma questão bem simples. Para que um corpo seja levado de um ponto a outro daquela maneira, ele teria de ser desconstruído a um nível molecular e reconstruído de novo. E, como estamos falando de seres vivos, isso significaria matar o indivíduo e desmontá-lo.

Além disso, por mais que seja possível remontar uma pessoa depois, você teria apenas um cadáver à sua frente.

A lenda de MacGyver

Por mais que você nunca tenha assistido à clássica série de TV dos anos 80, você certamente já ouviu falar em MacGyver. O agente secreto é famoso até hoje por suas habilidades de construir muito a partir de nada. Com apenas um clipe de papel, ele era capaz não só de desarmar uma bomba como construir algum tipo de acessório que o levaria para algum lugar em segurança.

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E, nesse caso, nem é preciso ser um grande especialista para saber que isso jamais iria acontecer. Afinal, como seria possível fazer um desfibrilador usando apenas velas, um cabo de microfone e um pedaço de borracha?

Ainda assim, o herói vive em nossos corações e segue como um mito das fugas — inclusive da realidade.

A revolta das máquinas

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Com um novo Exterminador do Futuro estreando nos cinemas, não há exagero mais atual para se comentar que este. A rebelião das máquinas é uma das possibilidades de apocalipse mais adorada por Hollywood e já vimos várias situações nas quais os computadores e os robôs dominaram a raça humana.

No entanto, não é preciso treinar nenhuma Sarah Connor e muito menos torcer para que um escolhido como Neo apareçam para nos salvar. Primeiramente, não temos nenhuma inteligência artificial desenvolvida o suficiente para oferecer o menor risco possível. E, por mais que isso venha a acontecer, a IA sempre vai responder a uma programação existente e não vai desenvolver novos parâmetros repentinamente.

Além disso, há toda a questão mais prática da questão: máquinas ficam velhas, apresentam defeitos e precisam de constante manutenção diante de determinada situações — o que faria com que a tão rebelião da Skynet fosse bem menos impactante do que gostamos de imaginar.

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Brinquedos assassinos

Não, não estamos falando do Chucky, mas de várias representações de brinquedos que decidem ganhar vida e atacar seus donos — como em uma versão mais assustadora de Toy Story. Isso foi apresentado em outro clássico da Sessão da Tarde, o divertido Pequenos Guerreiros.

Na verdade, essa é uma variação em miniatura daquilo que vimos anteriormente com os robôs, mas ainda menos improvável. Isso porque não há razão para colocar uma inteligência artificial em um boneco de criança.

Assim, pode ficar tranquilo, pois isso jamais vai acontecer e você pode continuar comprando suas action figures sem medo de ser atacado por eles à noite. A não ser, é claro, que estejamos falando do famoso boneco do Fofão vendido por aqui nos anos 80 e que assustou muita criança (e alguns adultos) na época.

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Sobrevivendo a uma bomba nuclear em uma geladeira

Primeiramente, vamos deixar bem claro que Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é um erro do começo ao fim. No entanto, há uma cena que vai além desse limite da ruindade. Logo no começo, o herói está no meio de uma área de testes de uma bomba atômica e, para escapar tanto da explosão quanto dos efeitos da radiação, ele tem a brilhante ideia de se esconder dentro de uma geladeira. E funciona.

É algo tão absurdo que até deu origem à expressão Nuke the Fridge, usada exatamente para momentos exagerados e que beiram o ridículo como o visto no filme.

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Na teoria levantada e defendida por George Lucas, diretor do longa, as geladeiras dos anos 50 tinham uma pintura em chumbo que impediria a entrada de radioatividade e salvaria a vida do personagem. Além disso, ele estaria dentro de uma espécie de cápsula que o manteria a salvo também das chamas e de qualquer outro efeito da explosão. O único perigo seria o de quebrar o pescoço por causa do impacto.

Bem, desnecessário dizer que nada disso funcionaria na verdade e que, no caso de um ataque nuclear, não há geladeira que vá salvar sua vida.

O Frankenstein tecnológico

Se o livro clássico deu vida a um dos monstros mais icônicos da literatura a partir de eletricidade e alguns pedaços de cadáveres, o que a tecnologia poderia nos oferecer nesse sentido? Não foram poucas as tentativas da ficção de fazer com que pessoas criassem a mulher ou o homem perfeito a partir de um computador, como o Frankenstein do século XX.

Isso já foi mostrado várias vezes em filmes como Mulher Nota 1000 e até apareceu em uma temporada de Malhação ainda na época do Mocotó, mas nenhuma delas mostrou nada que pudesse se tornar realidade.

O mais perto disso seria a criação de robôs, como acontece em Blade Runner, com o diferencial de que eles teriam de ser revestidos de algum tipo de material que simulasse muito bem a pele humana. Isso sem falar que, mais uma vez, a ciência tropeça na ideia da inteligência artificial.

Hackers, os piratas do computador

Já que começamos falando deles, nada mais justo do que encerrar essa lista relembrando a incrível habilidade de Hollywood de fazer com que a invasão de sistemas seja a coisa mais fácil do mundo. Basta digitar teclas aleatórias em uma tela preta para que a mágica aconteça. Isso virou uma piada tão grande que até já criaram páginas que simulam essa interface fantástica capaz de quebrar qualquer trava de segurança.

E se as senhas descobertas quase que por feitiçaria e a utilização de sistemas governamentais (é sério, a Casa Branca precisa melhorar muito sua defesa digital) não são o suficiente, ainda é possível ir além em outros meios.

Seja em jogos como Watch Dogs ou em novelas como Geração Brasil, os hackers são tão incríveis que eles nem precisam mais de um computador ou de algo integrado à internet para invadir. Basta um smartphone para que eles causem um blecaute em toda São Paulo.

Fonte: TechRadar