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Mais da metade dos profissionais estão insatisfeitos com modelo híbrido atual

Por| Editado por Claudio Yuge | 24 de Agosto de 2021 às 20h20

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twenty20photos/Envato
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Depois da pandemia, muitas empresas passaram a implementar o trabalho híbrido. Os trabalhadores, no entanto, não estão satisfeitos com as condições desse formato. O estudo Um Guia para o Trabalho Híbrido: Obstáculos e Soluções, da consultoria global Robert Walters, aponta que 55% dos trabalhadores sentem que o arranjo não permite o equilíbrio necessário.

Para identificar as dificuldades do modelo, o levantamento entrevistou 2 mil profissionais. Muitos deles alegam que o fato de a decisão ter sido tomada às pressas tornou o trabalho mais intenso no dia a dia. De acordo com o relatório, isso resultou em um sentimento de exaustão.

Richard Townsend, country manager da Robert Walters Brasil, diz que, conforme a flexibilização das restrições aumentou, os empregadores se viram forçados a tomar a decisão sobre qual estilo de trabalho adotar. “A mudança para o trabalho remoto foi quase instantânea, por necessidade. O retorno deve ser gradual — todos devem testar vários formatos.”

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Para ele, se a nova maneira de trabalhar for cuidadosamente pensada, pode trazer maior eficiência, maior produtividade, mais criatividade e menores custos. “Além disso, há potencial para melhoria geral no bem-estar, na moral e, consequentemente, na rotatividade de funcionários.”

Pouca informação

Outro dado apurado pelo levantamento da Robert Walters foi que muitos funcionários ainda não sabem os planos do empregador para o pós-pandemia. Enquanto 40% afirmam que ainda não sabem sobre qualquer mudança, 28% informam que o que ouviram permanece vago.

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Ao mesmo tempo, 85% dos profissionais esperam mais flexibilidade para trabalhar em casa após a pandemia. Por isso, 78% deles declaram que não aceitariam um novo emprego sem que isso fosse acordado antecipadamente com o empregador. Paralelamente, 42% afirmam que desistiriam se o empregador não oferecesse opções de trabalho remoto a longo prazo.

Em termos de conexões sociais, a pesquisa indica que 75% dos trabalhadores com idades entre 18 e 26 anos afirmam que o local de trabalho é sua principal fonte. Além disso, 54% deles dizem que provavelmente deixarão seu empregador dentro de 12 meses se a cultura de trabalho não retornar.

No Brasil, retorno em seis meses

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Outro estudo, o Índice de Confiança do Trabalhador do LinkedIn, com mais de 400 participantes, aponta que 51% da força de trabalho brasileira já foi comunicada que o retorno ao trabalho deve ocorrer nos próximos seis meses. Entre eles, 4 em cada 10 profissionais receberam indicações de que poderão trabalhar em casa no longo prazo e/ou opções de horários flexíveis.

De modo geral, os profissionais brasileiros têm sido cada vez mais motivados a retornar ao trabalho presencial. Segundo a pesquisa do LinkedIn, aqueles com menos de 25 anos estão entusiasmados: para eles, a possibilidade de avançar na carreira e os benefícios oferecidos nesse ambiente são encorajadores.

Por outro lado, menos da metade dos profissionais entre 25 e 39 anos sente o mesmo. Para eles, a oportunidade de colaborar pessoalmente e a socialização com colegas e clientes são os maiores motivadores.

Já aqueles com 55 anos ou mais não veem vantagem em ter um espaço só para as tarefas do dia a dia nem acreditam que serão capazes de tirar mais proveito do ambiente presencial. Para eles, a sensação de conforto associada ao período pré-pandemia e o sentimento de "agora está do jeito que costumava ser" estão entre os principais motivadores.