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Ligada no 220: como a Omega Energia busca profissionais para sua área de TI

Por| 09 de Outubro de 2021 às 12h00

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Não é exatamente uma novidade que as empresas mundo afora estão disputando a tapa profissionais de tecnologia. Apenas no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2024, 421 mil postos de trabalho serão criados no setor no país. No entanto, os cursos superiores da área formam menos de 50 mil profissionais da área anualmente. Ou seja, falta (muita) gente nesse mercado.

Por isso, as empresas precisam ser cirúrgicas na hora de atrair talentos para os seus quadros. E isso envolve não apenas oferecer bons salários e benefícios, mas também planejamento na contratação, o que envolve um alinhamento entre as áreas de TI e Recursos Humanos. E, nesse último, o setor exige cada vez mais profissionais com conhecimentos específicos para que a seleção de candidatos seja certeira.

Aí é que entra o tech recruiter, um profissional de RH especializado na contratação de talentos para a área de tecnologia. Este especialista consegue entender não apenas as chamadas soft skills, mas também as hard skills (conhecimentos específicos em TI), para que o candidato esteja alinhado com os projetos de transformação digital da companhia.

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E para explicar como funciona o processo de contratação de profissionais para sua área de TI, o Canaltech conversa semanalmente com tech recruiters das maiores empresas do Brasil, além de startups. No papo, eles explicarão como todo processo é realizado, quais os perfis mais buscados e como essas companhias atraem — e retêm —esses talentos.

E na edição de hoje, nós conversamos com Daniel Biaggio, CTO da Omega Energia,uma das maiores empresas de geração renovável no Brasil. E na entrevista, ele fala como a empresa seleciona os profissionais de TI, o papel dos tech recruiters, o processo de recrutamento e muito mais.

Confira como foi o papo:

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Canaltech - Atualmente, como está o ritmo de contratações de profissionais de TI pela Omega Energia? A empresa tem planos de crescimento na área para os próximos meses?

Daniel Biaggio: Nosso ritmo de contratação segue acelerado desde 2019 e a expectativa é de continuar crescendo nos próximos meses.

CT - Ao iniciar o processo de contratação de profissionais de TI, como é feito o planejamento entre o RH e a área de Tecnologia da Omega Energia? Que informações são trocadas entre os dois setores?

D.B.: Temos um trabalho coordenado e de maneira unificada. O time de Pessoas se reúne com o time de Tech bimestralmente para discussão sobre as pessoas de maneira ampla. Além da preocupação com as contratações, também buscamos saber de que maneira estamos sendo atrativos, se nossa cultura está bem representada e quais ações podemos tomar para formar pessoas.

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CT - Que conhecimentos o profissional de RH da Omega Energia hoje tem para selecionar profissionais de TI para os quadros da empresa? Ela tem acesso a algum tipo de curso para poder selecionar com mais propriedade para essa área?

D.B.: São profissionais com alto conhecimento e habilidades na área de Pessoas, porém, o que realmente faz a diferença é a nossa cultura de trabalho em rede. Na prática é o( a) profissional de Pessoas trabalhando diretamente na área Tech e compreendendo o dia-a-dia, nossa stack, as necessidades de atualização tecnológica etc.


CT - E o que a Omega Energia busca hoje, de forma geral, em um profissional de TI? A empresa prefere investir em um profissional mais, por assim dizer, pronto? Ou opta por alguém que possa ser moldado dentro de casa? Ou há espaço para esses dois perfis?

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D.B.: Somos uma empresa EnerTech, ou seja, Energia + Tecnologia. Mas, muito além disso, buscamos alguém com hard skills e a vontade de transformar o Brasil através da energia limpa, barata e simples, que é o princípio que nos move. É esse brilho no olho que para nós é o principal componente.  Sendo assim temos espaço tanto para pessoas altamente especializadas, os melhores em suas áreas de atuação e para quem está iniciando na carreira.

CT - De forma geral, como funciona o processo seletivo de um profissional da área de Tecnologia na Omega Energia? Por quantas etapas o candidato passa antes de ser contratado?

D.B.: Gostamos muito da simplicidade e efetividade nos processos. Dessa forma, temos três etapas possíveis: 1. Entrevista com Líder da área + Tech Recruiter 2. Teste técnico 3. Carta proposta. Na entrevista priorizamos um bate-papo informal para conhecermos o fit cultural e também as experiências na área.

O teste tem o objetivo de balizarmos o conhecimento e evitarmos colocar a pessoa com desafios que não estejam aderentes aos seus conhecimentos. Na terceira e última etapa, convidamos o candidato, quando possível, para visitar nosso escritório e na grande maioria dos casos, conhecer nosso CEO e Fundador. Acreditamos que é um momento especial e que merece nossa maior atenção

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CT - Uma pesquisa recente da HR Tech Vulpi aponta que 75% dos profissionais de TI abandonam o processo seletivo quando há algum teste técnico muito longo no processo seletivo. Logo, como a Omega Energia pode equacionar essa questão: a necessidade de conhecer as qualificações dos candidatos, sem precisar aplicar testes demasiadamente longos?  

D.B.: Ficamos cerca de oito meses adequando nosso teste justamente para evitar esse tipo de situação. Utilizamos há cerca de seis meses a plataforma HackerRank, que é um teste que leva, em média, menos de 1 hora. Acreditamos que é um tempo baixo para uma avaliação bem adequada.

CT - Como a Omega Energia vem lidando com a escassez de profissionais de TI no mercado? Quais os cuidados a empresa vem tomando para acertar no perfil do profissional contratado?

D.B.: Nossa principal busca é relacionada ao fit cultural, já que nunca vivemos um período com tão grande disponibilidade de métodos de aprendizagem. Portanto, caso a pessoa tenha o desejo de transformar e de deixar seu legado, o conhecimento e habilidade técnica serão potencializamos durante seu trabalho conosco.  

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CT - E como a Omega Energia trabalha com a retenção de talentos em uma área tão disputada e onde o índice de turnover é considerado alto?

D.B.: Reter talentos é um trabalho que combina características amplas e, em alguns casos, particular para cada pessoa. Mas aprendemos ao longo do tempo que trabalhar com um time que admiramos, tanto em relação ao conhecimento/habilidade técnica, como em relação à formação e escolha de pessoas é o principal fator de retenção.

Além disso, nosso propósito genuíno, e que praticamos todos os dias, é algo que nossas pessoas admiram muito. Estamos sempre com a escuta ativa, para adaptarmos nossas práticas e evoluirmos nossa retenção.

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CT - Com o trabalho remoto ampliado devido à pandemia de Covid-19, abriu-se espaço para que as empresas contratem profissionais de todas as partes do país. A Omega Energia trabalha com esse modelo de Anywhere Office? Em caso positivo, ela vale também para profissionais do exterior ou fica restrito ao Brasil?

D.B.: Temos profissionais trabalhando de forma remota em diversas partes do país e no exterior, e não existe nenhuma restrição para usarmos esse modelo. No entanto, somos uma empresa que utiliza muito a estrutura em rede e, consequentemente, a criação de novos produtos/processos e a criação em rede ainda é muito afetada no cenário remoto.

CT - Hoje, qual a remuneração média oferecida pela Omega Energia nos níveis Júnior, Pleno e Sênior em sua área de TI? Os colaboradores também têm pacote de benefícios?

D.B.: Nós temos uma remuneração fixa que está em linha com a média do mercado. Porém, acreditamos que, como co-empreendedores, a remuneração variável é um motor de diferenciação importante na nossa cultura.