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Street Fighter V simplifica, mas sem perder o charme

Por| 18 de Junho de 2015 às 13h14

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Street Fighter V simplifica, mas sem perder o charme
Street Fighter V simplifica, mas sem perder o charme

Direto de Los Angeles, Estados Unidos

Com Street Fighter V, a Capcom tem uma difícil tarefa pela frente: tornar o popular game de luta mais acessível, mas sem perder o ritmo e tudo aquilo que fez o game anterior ser um enorme sucesso. No entanto, pelo que foi visto nesta E3 2015, essa é uma preocupação a menos para os fãs do jogo de luta.

Não é à toa que o estande da empresa é um dos mais movimentados do evento, reunindo jogadores nas várias estações disponíveis para disputar uma rápida partida — no melhor estilo dos velhos fliperamas. E você entende o porquê de toda essa movimentação assim que solta o seu primeiro Hadouken.

Muita coisa mudou por aqui, mas aquele velho clima de familiaridade que acompanha a série desde Street Fighter II permanece. Isso significa que, mesmo que você não domine todas as mecânicas e segredos de frames, hitbox e toda a nomenclatura característica do gênero, vai conseguir se divertir e até se sair muito bem em algumas lutas. No entanto, o fato dele estar mais acessível não significa que tenha ficado mais raso.

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Lidando com as novidades

Street Fighter V conta com todo um sistema inédito de habilidades que muda completamente a dinâmica dos combates. O Variable System chega trazendo muitas diferenças na jogabilidade e que podem passar despercebidas diante de um jogador leigo, mas que vai ser crucial na estratégia de quem possui um pouco mais de experiência.

Esse sistema já havia sido detalhado anteriormente em um vídeo liberado pela Capcom, mas a gente só percebe sua real utilidade na prática. Cada um dos seis personagens disponíveis conta com um V-Skill próprio e que altera de maneira significativa sua forma de lutar. Ryu, por exemplo, entra no modo Deijin e consegue carregar seu Hadouken por alguns segundos antes de soltá-lo, enquanto Chun-Li causa dano em dobro com seus golpes normais.

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São pequenas alterações que mexem muito na estrutura das lutas, forçando tanto quem ataca quanto quem defende a desenvolver novas estratégias. A V-Skill de Nash é uma que, apesar de simples, causa muita dor de cabeça quando utilizada. Ao ativar a habilidade, o personagem se teleporta e isso pode quebrar o bloqueio do oponente e deixá-lo perigosamente vulnerável.

Acertando os comandos

Além do Variable System, outras novidades aparecem em Street Fighter V para alegrar tanto os fãs quanto quem quer apenas dar algumas porradas. E o que mais chama a atenção nesse sentido é a simplificação nos comandos. Esqueça aqueles golpes complicados baseados em movimentos complexos. Não há mais ataques em 360º e nem nada do tipo: tudo é baseado no famoso “meia lua” ou carregando para trás, como no caso de M. Bison.

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A ideia é que, com isso, os jogadores experimentem mais e deixem de privilegiar apenas um ou outro personagem e aproveitem o elenco inteiro do game. Além disso, o próprio “especial” também ficou mais fácil de ser executado. Chamado de Critical Arts, ele se assemelha muito ao estilo do Super Combo de Street Fighter IV, sendo realizado com “duas magias” e um único botão de ação. Isso faz com que até personagens mais lentos, como Birdie, fiquem mais interessantes para o público geral.

Essa facilidade pode até assustar os veteranos — tanto que não foi raro encontrar fãs preocupados com a possibilidade de Street Fighter V virar um Marvel vs. Capcom —, mas não atrapalha e está longe de tornar as coisas tão frenéticas quanto no crossover. Na verdade, a mudança torna as coisas ainda mais difíceis, mas do jeito certo. O desafio não está mais em executar o golpe, mas em saber encaixá-lo em seu combo — e isso é algo que apenas a prática vai determinar.

Pequenas mudanças

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Street Fighter V ainda conta com outras novidades menores, mas que ajudam a dar novo fôlego para a série. A interface remodelada traz de volta o medidor de atordoamento que existia em Street Fighter III e que sumiu no quarto game. Ele indica o quanto falta para o personagem ficar paralisado e o fato disso estar mais uma vez visível deixa as coisas mais tensas. Afinal, sabendo disso, os dois jogadores passam a agir de maneira mais agressiva e dá mais ritmo ao confronto.

Além disso, esse medidor é outro grande passo para que novos jogadores dominem as técnicas de jogo. Os mais experientes eram capazes de calcular essa resistência automaticamente, mas os novatos não tinham a mesma noção — o que vai mudar daqui para frente.

E não podemos deixar de citar o próprio visual do título. Ele está muito mais bonito, com vários efeitos de iluminação, detalhes e uma movimentação bem mais natural. É possível interagir bem mais com o cenário, deixando o confronto mais intenso.

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No fim das contas, Street Fighter V é a evolução natural daquilo que vimos antes e um grande passo para dentro da série. Ele simplifica aquilo que era necessário, mas mantém toda sua complexidade. Embora não seja perceptível à primeira vista, ele é repleto de camadas, com a diferença de que ficou muito mais fácil e prazeroso passar por cada uma delas.