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E3 2015: como é estar por dentro do maior evento de games do mundo?

Por| 17 de Junho de 2015 às 08h32

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E3 2015: como é estar por dentro do maior evento de games do mundo?
E3 2015: como é estar por dentro do maior evento de games do mundo?

Direto de Los Angeles, Estados Unidos

Com todas as suas principais surpresas vazando dias antes, como se empolgar com esta E3? Ao longo das últimas semanas, todas as novidades que deveriam aparecer somente na feira começaram a pipocar na internet e a entregar o ouro antes da hora. Assim, como fazer com que o evento continue interessante para o público? Pois basta chegar aqui para entender como.

Tão logo a gente se aproxima do Los Angeles Convention Center, local em que acontece a feira, o clima de E3 começa a tomar conta de cidade. Banners pelas ruas, enormes cartazes mostrando as principais novidades e aquele encontro de pessoas do mundo inteiro, em uma estranha mistura de sotaques e idiomas que torna os preparativos para o maior evento de games do mundo ainda mais divertido. A E3 começa muito antes das primeiras demos serem liberadas.

Tanto que boa parte do show está exatamente nas conferências, que começaram um pouco mais cedo neste ano. E, por mais que não tenhamos conseguido entrar em todas, como Bethesda e Square Enix, nas demais foi possível medir a empolgação dos fãs presencialmente e se emocionar com o público em vários momentos. Afinal, se já é incrível acompanhar cada anúncio por um streaming, imagine como é estar no meio daquilo tudo? Pois é o que viemos fazer este ano.

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Quem venceu a E3?

Embora pareça uma saída fácil para uma pergunta ingrata, não há como não dizer que o verdadeiro vencedor desta E3 2015 foi o jogador. Tanto Microsoft quanto Sony apresentaram novidades tão impressionantes que é impossível dizer quem foi realmente melhor. Com focos diferenciados e resultados igualmente eficientes, a guerra dos consoles acaba de ficar bem mais interessante.

No caso do Xbox One, o foco foi exatamente em mostrar uma série de títulos que serão lançados neste ano. Justificando a ausência de Quantum Break ou Scalebound, a empresa preferiu demonstrar apenas exclusivos que chegarão à plataforma ainda em 2015, o que deixou o público mais animado.

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E a própria seleção de games serviu para dar à companhia a apresentação mais consistente do dia — e a plateia percebeu isso. Começando com Halo 5: Guardians e fechando com Gears 4, a conferência simplesmente não teve momentos baixos e todos os anúncios e demonstrações serviram apenas para tirar todo mundo do sério — e, vamos combinar, não é todo dia que vemos um Ford GT-7 descendo do teto. A plateia gritou, bateu palmas e berrou de entusiasmo a cada novo título que aparecia no telão — e com razão.

Como não poderia deixar de ser, teve espaço até mesmo para a cutucada na concorrência. Durante o anúncio da retrocompatibilidade de jogos do Xbox 360 no One, a Microsoft fez questão de frisar que os games antigos poderão ser jogados na hora e sem que seja preciso pagar de novo por ele — como acontece no PlayStation. E, como era de se esperar, todo mundo no Galen Center, em Los Angeles, comemorou o anúncio (e a provocação).

Só que a Sony respondeu muito bem a todos esses ataques. Por mais que sua apresentação ainda sofresse com alguns baixos bem entediantes — em muitos momentos, o público simplesmente ignorava o que estava sendo exibido e se esquecia até das palmas —, a empresa se saiu muito bem ao mostrar para os fãs alguns dos títulos que eles mais queriam ver.

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Afinal, como não surtar com uma apresentação que abre com o quase

The Last Guardian

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Final Fantasy VII

Shenmue 3

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Além disso, a empresa mostrou algumas novas ideias — como o excelente Horizon — e trabalhou em cima de alguns outros jogos que apareceram nos anos anteriores. Como não poderia deixar de ser,

Uncharted 4: A Thief's End

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Outra ausência muito sentida foi do Project Morpheus. Depois da Microsoft surpreender todo mundo com uma pequena amostra do que o HoloLens é capaz de fazer, muitos esperavam que a Sony seguisse os mesmos passos e mostrasse seus óculos de realidade virtual e trouxesse mais jogos e, principalmente, detalhes de lançamento. No entanto, o que tivemos foi algo rápido e discreto, como se a companhia não quisesse falar muito sobre o assunto. Ninguém entendeu o que houve.

E esse silêncio fez com que a apresentação da concorrente se destacasse ainda mais. A apresentação de Minecraft em tempo real deixou todo mundo estarrecido e ninguém se importou com o fato de que era muito estranho ver um homem interagindo com o nada. O futuro estava acontecendo na frente de todos nós e parecer ridículo era a última coisa que importava.

Correndo por fora

Deixando Sony e Microsoft de lado, outras duas conferências deram início à E3. A Electronic Arts surpreendeu pouco, mas fez a lição de casa e mostrou jogos que todos esperavam ver. Seja ao mostrar o novo

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Mass Effect

Need for Speed

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Mirror’s Edge: Catalyst

Mas o que todo mundo presente queria ver era uma demonstração de

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Star Wars Battlefront

Já a Ubisoft surpreendeu pouco. Com exceção de South Park: Fractured But Whole e For Honor, todos os outros anúncios eram esperados ou simplesmente não empolgaram como nos anos anteriores. E a razão para isso foi sentida por vários jornalistas que acompanharam o evento: todos os jogos estão muito parecidos.

The Division

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Rainbow SixGhost Recon

Nem mesmo Assassin’s Creed: Syndicate animou o pessoal. Mais do que isso, a ausência de um trailer de jogabilidade deixou muita gente confusa, uma vez que era esperado que a empresa mostrasse que o novo game vai seguir um caminho diferente daquele tomado por Unity no ano passado.

Apenas para ter uma ideia, o ponto da apresentação em que o público mais vibrou foi quando a gerente de comunidade de Rainbow Six: Siege, Geneviève Forget, subiu ao palco. A razão? Ela era bonita. Tanto que, segundo consta, algum brasileiro gritou “Gracinha!” no meio da conferência.

E que comece a feira

Deixando de lado as conferências e partindo para a feira em si, é fácil entender por que a E3 é o sonho de qualquer jogador. Ainda que seja fechada apenas para a imprensa, as produtoras se preocupam tanto em criar uma experiência única dentro do LA Convention Center que é impossível não se empolgar com o que é visto.

É algo cuidadosamente pensado para que você já se anime com as novidades tão logo chegue ao local. São cartazes enormes de títulos como Uncharted 4, Call of Duty: Black Ops 3, Fallout 4 e Assassin’s Creed: Syndicate que dão boas-vindas aos jornalistas de todo o mundo. Para ter uma ideia, há até mesmo dois Spartans para promover Halo 5: Guardians e uma réplica do Interceptor, o carro de Mad Max, logo na entrada.

Só que, enquanto Sony e Microsoft dominaram nas conferências, o mesmo não pode ser dito de seus estandes. Ainda que eles sejam os mais movimentados da feira, a quantidade de novidades é decepcionante, principalmente para quem quer pôr suas mãos no que foi mostrado. Títulos como Uncharted 4,

Rise of the Tomb Raider

The Last GuardianGears 4

Por outro lado, não é porque as principais atrações não podem ser testadas de verdade que o público não tem o que ver em cada um desses espaços. A fabricante do Xbox One, por exemplo, jogou seguro e trouxe uma área enorme dedicada ao multiplayer de Halo 5: Guardians — o que foi suficiente para criar filas com mais de uma hora de espera — e outra para

Forza 6

Gears of War Ultimate Edition

The Division

Já a Sony apelou para a popularidade de Star Wars Battlefront e Call of Duty: Black Ops 3, além de trazer algumas demonstrações do badalado Project Morpheus, cuja lista de espera se estende para toda esta semana por conta da alta procura. A nova expansão de Destiny, The Taken King, também é uma das áreas mais movimentadas, contrastando com o grande setor de independentes e do espaço dedicado ao PlayStation Vue.

E a Nintendo, como previsto por muitos, segue bem tímida por aqui. Sem grandes destaques, todo seu estande se resume a várias estações de

Star Fox: Zero

Super Mario MakerYoshi Wooly WorldThe Legend of Zelda: Triforce Heroes

Assim, coube às distribuidoras compensar a falta de grandes títulos das fabricantes. A EA, por exemplo, é certamente o painel mais completo do evento. Com Battlefront, o novo Need for Speed, Mirror’s Edge,

FIFA 16

A Ubisoft segue na mesma linha. É possível conferir como está o novo Assassin’s Creed, além de dar uma olhada em The Division e Rainbow Six: Siege. For Honor faz as vias do game de ação que empolga a galera e há um enorme palco para que as pessoas experimentem Just Dance 2016.

Além disso, há uma série de outras pequenas atrações aqui e ali para roubar sua atenção. A Capcom segue com campeonatos de Street Fighter V e a Bethesda trouxe várias réplicas de personagens, equipamentos e inimigos de suas séries. Há até mesmo um robô que conversa com quem passa por perto, como em Fallout 4.

Esquentando os motores

Ainda que a correria tenha começado já na segunda-feira, dia 15, a verdade é que a E3 ainda está esquentando seus motores — principalmente para quem está aqui em Los Angeles. A feira se estende até a próxima quinta e isso significa que ainda teremos muito mais tempo para jogarmos as novidades que as empresas prepararam e trazer tudo para quem ficou no Brasil.

É claro que a grande quantidade de games que não podem ser jogados é bem frustrante, principalmente quando se trata de títulos que todo mundo queria conferir. Ainda assim, a E3 oferece tanta coisa para ver e conhecer que nem mesmo esse gosto amargo consegue estragar a festa.

O maior evento de games do mundo é aqui e, apesar da correria e da loucura que é correr de um estande para outro e acompanhar cada uma das conferências, é impossível não se empolgar com cada coisa mostrada. É a semana em que respiramos videogame — e não há vazamento que estrague essa experiência.