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Preso há 18 anos, Fernandinho Beira-Mar quer lançar seu próprio e-commerce

Por| 22 de Maio de 2019 às 10h42

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(Foto: Ricardo Borges/Folhapress)
(Foto: Ricardo Borges/Folhapress)

Ex-líder do Comando Vermelho, ex-traficante e, agora, formado teólogo e empreendedor da internet: o criminoso Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, quer abrir o seu próprio e-commerce. Lá, ele pretende vender produtos variados de marca própria, diretamente da cela 38 da penitenciária federal de segurança máxima da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde cumpre pena de 300 anos de prisão.

Beira-Mar foi preso em 2001, ao ser capturado por autoridades militares da Colômbia em um acampamento das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia, as “FARC”, onde havia se refugiado e estava aprendendo táticas de guerrilha e união de milícias.

Desde então, formou-se em Teologia e escreveu dois livros: um deles, uma monografia que serviu como a conclusão de seu curso superior e que fala sobre a vida de Jesus Cristo; o outro, uma biografia narrando a sua trajetória com o crime. Agora, Fernandinho busca vender não apenas suas duas obras, mas também canecas, capas de celular e outros produtos comuns ao varejo direto de consumo — tudo sob a sua marca, intitulada “FBM”.

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Falando ao UOL, a advogada de Beira-Mar, Paloma Gurgel, confirmou que o e-commerce está em fase de construção, mas não pode dar mais detalhes sobre o projeto. O que foi compartilhado, no entanto, é que os produtos estão sendo desenvolvidos por dependentes químicos que estão sob tratamento por uma ONG ligada a uma igreja evangélica. Entretanto, nem ONG, nem igreja foram nomeadas pela defensora.

Segundo ela, o próprio Beira-Mar está supervisionando a produção de conteúdo do site de vendas, que obrigatoriamente deve passar pelo crivo da área de inteligência do setor prisional.

Pela letra da lei, não há nenhum impedimento para que Fernandinho Beira-Mar exerça atividade profissional de comércio, apesar de que, pelas normas previstas em sua condenação, ele é proibido de acessar computadores e qualquer correspondência dele com o mundo externo à prisão passa por avaliação prévia do sistema carcerário, como foi no caso de sua formação superior, que foi feita pela metodologia de ensino à distância (EAD).

A manutenção e gerenciamento diário do site serão feitos de forma terceirizada, sob orientações e controle do próprio Beira-Mar, mas a advogada não soube informar se há alguma previsão de lançamento da plataforma.

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Fonte: UOL