EUA pede investigação de Shein e Temu sobre “produtos mortais”
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller |
Integrantes da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos Estados Unidos pediram uma investigação das plataformas Shein e Temu, em relação à segurança de produtos vendidos na plataforma.
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De acordo com um documento oficial emitido pela Comissão, as preocupações são baseadas em relatos da mídia apontando que as plataformas estariam vendendo “produtos mortais para bebês e crianças”.
A solicitação não especifica o que exatamente torna os produtos supostamente tóxicos, mas investigações anteriores na Coreia do Sul já identificaram níveis acima do permitido de ftalatos — substâncias associadas à infertilidade e ao desenvolvimento de câncer.
Portanto, a investigação dos EUA pretenderia entender melhor como as duas plataformas cumprem suas regras, e interage com vendedores que atuam nelas.
Os itens que causam maior preocupação incluem aqueles que estão sob o regime chamado de “de minimis” — ou seja, aqueles que custam menos de US$ 800, e estão isentos de tributação de importação.
O objetivo da política de minimis é simplificar a importação de itens de baixo valor agregado, algo parecido com o realizado pelo programa Remessa Conforme no Brasil.
O regime é comumente associado ao sucesso de Shein e Temu nos Estados Unidos, já que as plataformas possuem grande parte de suas vendas com esse tipo de produto. No entanto, a qualidade dos itens também costuma ser colocada em dúvida em muitas oportunidades.
Anteriormente, legisladores estadunidenses planejaram a apresentação de um projeto de lei que elimina o de minimis. A política é utilizada por vendedores também em outras plataformas além das investigadas, incluindo a Amazon e o Walmart.
Em comunicado ao Canaltech, a Temu disse que "exige que todos os vendedores em nossa plataforma cumpram as leis e regulamentos aplicáveis, incluindo aqueles relacionados à segurança do produto. Nossos interesses estão alinhados com os da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA (CPSC) em garantir a proteção do consumidor e a segurança dos produtos, e cooperaremos totalmente com qualquer investigação".
Fonte: CPSC