Correios fecham acordo com China para receber mercadorias por navio
Por Wagner Wakka | 02 de Junho de 2020 às 10h38
Os Correios firmaram um acordo de colaboração mútua com a China para que encomendas oriundas do país asiático possam chegar aqui por via marítima. Desde o início da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), os governos fecharam aeroportos e fronteiras, o que dificultou o transporte de encomendas de diversos países, normalmente feito por via aérea.
Os Correios estão atendendo à solicitação da União Postal Universal (UPU), um órgão internacional das Nações Unidas voltado para organizar envios postais internacionais. O objetivo desta agência é desburocratizar a entrada de produtos em alfândegas.
No acordo entre Brasil e China, a intenção é dar vazão a produtos comprados em e-commerces do país asiático que estão presos ainda no remetente. “Devido à grande quantidade de carga represada dos sites de e-commerce chineses, o correio daquele país foi um dos primeiros a optar pelo encaminhamento marítimo. Com o acordo, queremos garantir a continuidade do serviço postal e, assim, atender às expectativas dos consumidores brasileiros”, aponta o presidente dos Correios, Floriano Peixoto.
As negociações preveem o encaminhamento de, pelo menos, três remessas de produtos vindos da China por navio, os quais serão recebidos no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), no Paraná. O ponto fica próximo ao centro de distribuição dos Correios de Pinhais, em Curitiba. A primeira remessa chegou no último dia 30 de maio, sendo que outras devem ser encaminhadas ao porto de Paranaguá ainda em junho e julho.
Apesar de essa ser a única alternativa de envio e recebimento neste cenário de pandemia, a principal desvantagem é o tempo. Enquanto encomendas enviadas por avião demoram uma semana para chegar ao Brasil, os envios por navio levam 45 dias.
Os Correios ainda não sabem se devem manter a modalidade de envio após a pandemia. Para isso, é preciso que haja uma demanda contínua considerável, o que acontece somente com produtos da China.
Fonte: Veja